Capítulo 18 - final.

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Notas: boa tarde, xuxus.

Enrolei horrores pra postar o último, porque eu não queria que acabasse. Mas infelizmente chegou ao fim. :( Espero que vocês tenham gostado.

Tenho outra ficzinha nos rascunhos, mas não sei quando vou soltar, porque essa semana começa faculdade e ai vou ficar muuuito sem tempo. Não gosto de ser aquela autora que atualiza a fanfic uma vez por mês e eu tô muito assim ultimamente. :( Então acho melhor esperar pra soltar de uma vez.

Obrigada a todas as lindas que acompanharam a fic, que votaram e me fizeram morrer de rir com os comentários. Norminahzinhas são as melhores. <3

Dinah Jane Point of View.

No início da faculdade eu já havia dividido meu quarto com outros estudantes. Mas há um ano o conseguira só para mim, temporariamente. Não era muito, mas supria minhas necessidades principais. Quando me formasse, teria que sair dali e pagar aluguel. Arrumar um canto para viver.

Naquela semana foi difícil me readaptar àquela local e de volta às aulas. Eu sentia muita falta de Normani, da sua fazenda, de Mary e Josh, de Camila e dona Mercedes, dos cachorros. Sentia falta da felicidade que vivi por seis meses. Mas agora minha realidade era outra e eu fazia de tudo para me acostumar.

No entanto, era um tormento. Durante o dia eu me ocupava, corria de um lado para o outro, tentava seguir em frente. Quando chegava em casa e parava, aí vinha o desespero. Chorava, me encolhia na cama, chamava por Normani. Meu corpo ardia por ela. Meus sentimentos clamavam por estar em sua presença. Era tão horrível e doloroso, que acordava sentindo como se tivesse tomado uma surra, me arrastava para fora da cama para enfrentar mais um dia só por obrigação.

O único momento feliz que eu tinha era quando Normani ligava. Fazia isso todos os dias, geralmente à noite. Eu agarrava o celular, fechava os olhos e saboreava sua voz, imaginando-a, sentindo-a. No início, havia um clima estranho entre nós, como se não soubéssemos bem o que dizer.

Mas então a conversa se estendia, eu perguntava das coisas e pessoas, dos animais, dela. Estava tudo bem. E me desesperava, pois o mundo dela seguia bem sem mim. Com o tempo, nos tornamos mais à vontade. Mas mesmo assim não era a mesma coisa. Havia uma barreira entre nós, algo que nos mantinha apenas no aceitável. E no final, eu sabia que ela só ligava para saber da gravidez. Se tinha dado algum sinal.

A menstruação não tinha descido ainda, apesar de já ser final do mês. Mas eu também não sentia nenhum sinal de gravidez. Estava normal, sem enjôos nem nada. Resolvi fazer um exame na segunda-feira e resolver isso. Ter logo uma resposta definitiva.

O que me deixava mais arrasada era saber que, se estivesse grávida, Normani com certeza me daria apoio e participaria. Mas eu seria obrigada a conviver com ela sem tê-la. Fingir que estava tudo bem, quando a queria mais do que tudo. E quando ela estivesse com outra mulher? Eu sorriria e fingiria não sentir nada? Morreria um pouco a cada dia.

Maya tentava me animar. Me levava para sair, me via todo dia, procurava não falar da mãe, mas sentia seu olhar de pena. Não contei nada para ela sobre a suspeita de gravidez. Me cercaria de cuidados, ia querer falar com Normani, ia dar mais confusão. Primeiro eu precisava ter certeza.

No final de semana, eu estava mais para baixo do que nos dias anteriores. Em depressão profunda, fiquei na cama o sábado inteiro. Normani não saía da minha mente e eu me remoía, sabendo que ela, do jeito que era fogosa, com certeza já estava com outra mulher. Ou outras. Ou em orgias. E eu, totalmente esquecida. Foi quando o telefone tocou e vi o número dela. Sentei, com o coração disparado, a dor me consumindo, um misto de tristeza e raiva.

- Alô.

- Oi, Dinah.

Sua voz macia e baixa fez minhas entranhas se contorcerem. Lágrimas pularam dos meus olhos. Eu sabia que não aguentaria aquilo muito tempo. Era uma tortura cada vez maior, ainda mais sabendo que provavelmente ela só me ligava para saber da gravidez. E que a cada ligação, apesar de esperar aquilo ansiosamente, eu me arrasava mais. Era um lembrete de que tudo terminara, da distância entre nós. No auge da dor, falei sem pensar direito:

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