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Tamaki Amajiki, era uma pessoa peculiar. Claro, que a grande maioria negativos.

Era completamente tímido, muito mesmo, nem mesmo podia se fingir de surdo ou mudo, que ficava ainda mais nervoso caso alguém se aproximasse. Seu nervosismo e timidez faziam com que ele fosse péssimo em trabalhos que necessitava algum tipo de apresentação em grupo ou até mesmo tendo a necessidade de interação humana.

Era um alvo fácil, para qualquer valentão daquela escola. Só que tinha um problema: Ele não se importava.

Tamaki não se importava com o bullying nem nada, era tão tímido que nem ao mesmo conseguia responder ou ficar com medo, já que ele sempre estava com medo. Então, nem tinha muita graça mexer com o garoto.

Muitas pessoas não conseguiam se aproximar, o garoto vivia assustado e fugindo de todos. Não era uma tarefa fácil, ele não se importava muito com aquilo... até gostava, assim podia ficar em seu canto sem ninguém o perturbando ou perguntando as coisas.

Mesmo sendo do jeito que era, aquilo não o impedia de gostar de alguém, muito menos de nutrir qualquer tipo de sentimento amoroso. E claro, como qualquer clichê ele tinha que estar apaixonado pelo famoso capitão do time de basquete.

Chegava a ser irônico e ridículo ─ pelo menos ao seu ver. ─ a diferença dos clichês comuns para o seu, era o fator ''Bullying'' ele nunca sofreu nenhum, diferente dos famosos clichês americanos. Odiava aquele rotulo de filmes, onde ele estava bem longe de entrar. E não vamos esquecer que as meninas eram sempre lindas, mas por algum motivo eram nerds esquisitonas julgadas pela sociedade.

Odiava filmes clichês assim, ele nem era bonito era negativo de mais pra pensar sobre.

Mas vejam, o clichê em questão não era o problema ─ por incrível que isso possa parecer. ─ Izuku, abusava sexualmente do garoto já que ele também gostava do mesmo.

Isso sim, era surreal. Nem ao menos sabia se eles tinham algo, ou até mesmo se ele era apenas mais um da lista do capitão. Só que não conseguia dizer não aos beijos muito menos ao corpo quente contra o seu.

Claro, que nos clichês ele quebraria a cara ─ podia até ser literalmente. ─ já que todo clichê acontecia isso : a ingênua garota se apaixona, se entrega, é iludida e usada e depois chora... Pode busca vingança, ou pode simplesmente se reconquistada pelo rapaz que a humilhou.

Aquilo era ridículo Ele podia ser nervoso, tímido e bem negativo que até mesmo o polo sul teria inveja de sua negatividade. Mas seu clichê estava bem longe de ser parecido com os dos filmes.

Ele gostava e queria aquilo, em nenhum momento ele se sentiu usado ou algo do gênero. Izuku sempre fora gentil e amoroso, sempre perguntava a Temaki se estava realmente confortável, se estava machucando e entre outras coisas constrangedoras.

Bem, o mesmo não sabia de seus sentimentos... mas ele estava achando uma maravilha ter o corpo do maior sobre o seu. Ele revirava os olhos, quando via algumas meninas dando em cima do mais velho ─ era apenas um ano.─ sendo que depois quem estaria nos braços do capitão seria ele, não elas.

─ Você tem que parar de achar que nosso relacionamento é um clichê de um filme americano, eu não consigo mais conter as risadas ─ Izuku falava ao lado do namorado, enquanto levava o mesmo até sua casa. Eles eram vizinhos, mas Izuku teimava em dizer que estava levando o namorado até sua casa em segurança.

─ Eu me recuso, é clichê eu não quero. Nem sei o motivo de gostar de você! ─ por algum motivo, na qual ninguém entendia, Tamaki conseguia conversar normalmente ─ até mesmo gostava ─ de falar com seu amado. Se conheciam desde sempre, talvez isso tivesse sido uma influência.

─ Mas não é! Eu nem humilhei ou fiz nada... E você ainda fala que é meu amante! Quando chegar ao baile vai achar que vou jogar ponche enquanto você está lá recebendo a coroa do rei do baile ─ não conseguiu conter a risada, adorava as teorias de conspiração de clichês românticos do namorado.

─ Eu não duvido! Nosso namoro é clichê de mais, você o capitão do time e eu o nerd esquisito. Como isso não é clichê? ─ revirando os olhos.

─ Eu só uso seu corpo, já que te fuder é maravilhoso ─ respondeu com um sorriso malicioso.

─ É esse tipo de frase, que se encaixa muito bem no nosso relacionamento─ escutando o maior rir alto.

─ Eu amo muito esses seus momentos, ainda mais quando pede para eu fingir na cama o quanto eu estou te usando... Você tem alguns fetiches estranhos ─ colocou a mão no queixo se lembrando de alguns momentos.

─ Como se você não gostasse! Adora fazer o teatrinho, só falta fazer bullying comigo, assim vou gostar do meu agressor enquanto eu fico chorando por gostar de um homem que me humilha e me despreza─ comentou outra coisa, que quase todo clichê possuía, na qual ele nunca entendera de fato... Como alguém gosta de uma pessoa que faz esse tipo de coisa?

─ Bem, eu posso te bater na cama... ─ comentou vendo o namorado morder o lábio ─ Céus, depois o pervertido sou eu. Acho que você tem uma tendência bem forte ao masoquismo. Não posso te bater na escola, imagina os gemidos? Eu te foderia no corredor.

─ Eu não sou masoquista! Eu só não quero que minha vida seja um enorme clichê idiota ─ comentou emburrado.

─ Então, é só você parar de afastar todos e ser menos tímido. Acho incrível como você age naturalmente comigo e com nossos familiares, mas é pisar na escola que você fica de um jeito que eu poderia te foder na escola toda.

─ Viu? Você gosta! ─ vendo Izuku morder o lábio e o encarar com um sorriso malicioso.

─ Qual é, você parece tão frágil e fofo. Como eu não gostaria de ver isso? Mas também sei que seria bom você ter amigos... Não sei, ser mais social?

─ Só tem falso e pessoas idiotas, quando você vira um ser invisível você vê e escuta tudo. Sou um camelão cheio de informações ─ disse convencido ─ Então prefiro me distanciar de todos ali e você sabe que eu tenho amizade com a Nejire e o Miro, vamos estudar juntos na faculdade.

─ Você só conversa e vê eles, fora da escola! Eles não contam, seria bom pelo menos uma amizade lá dentro ─ encarnado o namorado que bufou.

─ Mas que inferno, que seja! Vou fazer amizade com aquele ruivo... Qual o nome dele mesmo? ─ encarou o namorado que ficou pensativo.

─ O Kirishima? Céus, seria bem engraçado já que ele é todo energético e animado, de fato é algo que quero muito ver você lidando. Ele é bem pior que o Mirio... Eu nunca pensei que um dia diria isso ─ Mirio era um poço de energia, Izuku podia jurar que um sol ficava atrás do mesmo. Até doía os olhos ver tanta felicidade em uma pessoa só.

─ Ótimo, mais coisa clichê. O rapaz animado que tenta a todo custo fazer amizade com o esquisitão ─ revirou os olhos, vendo o namorado sorrir e rir alto.

De fato, sua vida era um enorme clichê.

ClicheOnde as histórias ganham vida. Descobre agora