Capítulo 18

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    Eclipse lunar: chuva de sangue

Super lua, vermelha por sinal, esse ponto é o pior para mim, já senti na pela como é passar por um Eclipse lunar, é horrível. Meu corpo queima uma raiva me consome e faço estragos em massa, meu pai sempre me tranca no porão de casa com correntes enfeitiçadas por bruxas poderosas, ele e o Theo ficam do lado de fora até que a crise de raiva passe, pode ter semanas até uma lua vermelha mas sinto sua seus efeitos cada vez mais aumentando e me devastando por dentro. Gabriel não podia me ver o dia todo, sabia que teria que evita-lo, mas não quero ter que achar uma desculpa por xinga-lo na sua cara. Eu estava indo para escola ouvindo músicas, sempre quando tem esses dias eu escuto música, isso me acalma. Entrei na escola, e meu plano era evitar todos para que ninguém levasse um soco na cara, como a mente humana é uma bomba relógio, precisamos saber controlar, mas minhas explosões são mil vezes pior. Me sentei na cantina com meu lanche, comi algumas vezes enquanto sentia o peso da lua me transformar em bicho. Theo sentou na cadeira da frente.

--Não mesma hora hoje? -- bufei.

--Sim é como sempre, não leve nada do que eu falo hoje a sério -- revirei os olhos -- Tá sendo difícil evitar Gabriel, ele deve estar preocupado.

--Muito -- se levantou e saiu da cantina, aquela amiga de cabelos roxo do Gabriel veio até mim me olhando com dúvida, bufei.

--Oi, tá tudo bem? Esta parecendo tenso -- sai logo daqui! -- Gabriel está muito preocupado com você, tá ignorado todas as ligações, e eu me preocupo com ele.

--Pode sair daqui por favor? Não estou em um bom dia.

--Mas posso te ajudar...

--Não, você não pode -- gritei e todos me olharam, me levantei e sai dali indo até o banheiro, apertando as mãos para diminuir a raiva, contei até dez, fiquei cantando uma música calma, entrei em uma cabine e tranquei a porta, me sentei na privada com a tampa abaixada. Fechei os olhos, até que ouvir a voz doce de Gabriel.

--Thomas, está tudo bem? O que foi? -- a não, ele não! -- Posso ajudar?

--Não, por favor vai sai daqui antes que algo de ruim aconteça.

--Você me machucaria? Deixa eu te ajudar -- pus as mãos nas têmporas -- Olha prometo não contar -- ele deu ums soquinhos na porta-- está bem?

--Estou bem. Mas sai por favor.

--Está tudo bem...

--Sai! -- gritei e soquei a porta, ele se assustou.

--Está bem -- ouvir a porta do banheiro se fechando e senti um arrependimento no fundo do coração, mas não tinha culpa, sou assim, maldita lua que tornou minha vida um inferno. Abri a porta da cabine e sai indo até a pia e lavando as mãos, me olhei no espelho e soquei o vidro, aquele ruído fino da lua que me dava raiva, lobisomens sentem isso na lua cheia, mas a minha é pior. Lavei as mãos de novo para tirar os cacos do espelho e sai do banheiro ouvindo música, sentei em minha cadeira e fiquei prestando atenção na aula Gabriel ficava olhando para mim preocupado, Theo já nem se importava tanto que até ficava longe de mim nesses dias.

Halo tinha fugido da minha casa, não sabia como e o porquê, mas sabia que ele tinha uma razão, Lucas ainda está na casa do Theo, embora eles se desentendem mais do que eu imaginava. A aula acabou e fui direto para o vestiário, me troquei para o treino, Asher estava lá, meio cabisbaixo. O treinador chamou e fomos para o campo, tivemos um jogo rápido, quando passava a bola para um garoto da minha sala alguém me acertou me jogando para trás e batendo a cabeça no chão, por sorte o capacete suavizou, minhas marcas apareceram e me levantei morrendo de vontade de mata-lo ali. O empurrei.

O Escolhido Da Lua (Romance Gay)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora