Chapter V

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— Calma, não chora, não chora, meu amor. — Soo-yeon pediu chorosa ao que abraçava o filho e o fazia se sentar no sofá com calma, na tentativa falha de fazer com que Jeongguk parasse de tremer e soluçar a todo momento.

Viu de relance o marido vindo em sua direção com um olhar ainda descrente com tudo que ouvira, mas não querendo deixar o filho mais amargurado do que já estava, o mandou pegar um copo de água, tendo seu pedido prontamente atendido pelo mais velho.

— Mã-mãe, eu juro que… eu juro que foi por minha culpa, mas foi sem querer! E-eu disse pra ele que tinha tomado o remédio, mas é que tinha acabado e eu esqueci de comprar mais quando fui na casa do Tae buscar o meu carro e…

Dizia tudo às pressas e embolado, deixando a mãe mais confusa ainda com tudo que absorvia em tão pouco tempo.

— Jeon Jeongguk, calma meu filho! — pegou o copo de água das mãos do marido e entregou ao menino, vendo o mesmo lhe olhar temeroso antes de beber a água com pressa, deixando a matriarca levemente chateada.

Nunca na vida deixaria de amar o filho pelo fato do mesmo estar grávido na adolescência, e o vendo todo medroso de sua próxima reação, a fez se sentir um pouco ofendida. Porém não falaria nada, não agora que o filho estava em um momento delicado. — Se acalmou? — Jeon assentiu. — Isso, agora olha para mamãe e, antes de mais nada, me diga quem é o pai.

No mesmo instante que o adolescente abrirá a boca para falar, seu olhar se encontrou com os semelhantes do padrasto, lembrando-se brevemente de quem era Jimin na sociedade e o quão terrível seria para o ruivo se Jeongguk contasse para os dois adultos presentes na sala que ele era o pai do bebê. Certamente seu padrasto o usaria como meio de prender o Park, e sua filha ficaria sem um dos progenitores.

Engoliu as próximas palavras e desviou o olhar para o copo vazio que tinha em mãos.

— Eu não sei… — Disse em tom baixo e retraído, porém fora escutado pelos mais velhos, causando certa surpresa por parte da mãe e desconfiança do padrasto.

— Não sabe ou não quer falar? — O mais velho questionou tomando a frente da esposa e capturando entre os dedos firmes o rosto ainda trêmulo do Jeon, obrigando-o a encará-lo. — Pois bem… — murmurou. — querida, poderia nos deixar à sós por um momento? Eu só quero ter um papinho com o Gukkie.

Soo-yeon encarou o homem receosa por alguns segundos, mas logo que se convenceu de que nada de ruim poderia acontecer deixou a sala, seguindo para o segundo andar, afim de ligar para o ex-marido e contar o que estava ocorrendo e as providências que deveriam tomar após o nascimento do bebê.

Jeongguk não deveria ser tão irresponsável a ponto de não saber quem era o pai do bebê, precisava correr atrás e descobrir quem era, não poderia ficar apenas com uma figura paterna sem ao menos saber quem é o pai. E se o homem assumisse a criança quando souber? Seria maravilhoso e a criança não sofreria no futuro por não ter os dois pais, assim como Jeongguk sofreu bullying na escola depois que sua família foi desfeita.

Soo-yeon jamais permitiria que isso voltasse a acontecer, nem que para isso tenha que descobrir e investigar cada homem ou mulher que seu filho tenha transado a vida toda.

[...]

— Você pode até mentir para sua mãe, mas eu não sou otário moleque, não sou desses marginais com quem você fica andando… — deu uma pausa checando se sua esposa estava escutando a conversa. Não a encontrando voltou seu olhar ao garoto, mudando sua feição para algo mais frio. — e dando não.

Jeon aumentava o choro cada vez mais por estar sensível naquele momento. Não queria ficar perto do mais velho, sabia que ele iria querer o ofender de algum modo. E mesmo que já houvesse se deitado com seu amigo Hoseok, isso não mudava o fato dele não ser um marginal, seu amigo não merecia ser rebaixado por um homem sem caráter e moral.

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