Capítulo 12

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Ah, e eu já vi muitas das teorias de vocês sobre Reneleado e meu Deus, vocês pensam em tudo menos em uma coisa: a dica de quem é Reneleado, está no próprio nome!!! No final do capítulo teremos outro "recadinho", boa leitura.

***

Eu estava em casa, em uma ligação em grupo com Lyia e Troy depois da aula com Ed. Estávamos entediados, e quando eu olhei para o criado mudo ao lado da minha cama, vi o molho de chaves da cabana. Foi aí, que tive a brilhante ideia de leva-los até lá. Então, agora, nós três estamos atravessando o bosque para chegar à cabana. Troy está com mais medo de seu pai descobrir que ele saiu, do que o próprio bosque. Agora é uma e cinquenta da manhã, eu e Lyia estamos acostumadas a dar uma volta pela madrugada quando estamos juntas, mas Troy nunca fez isso.

- Esse é o bosque do capeta... - Lyia falou.

Cada um segurava seu celular, todos com as lanternas ligadas, pois na trilha tinha poucos postes de luz, que não eram o suficiente para caso uma cobra multante aparecece e desse tempo o suficiente de correr.

- É uma floresta trevosa e do capeta, está longe de ser um bosque. Alice, meu amor, você não tem medo de aparecer um veado e perfurar todos nós com o chifre?

- O único veado aqui é você, Troy.- Lyia respondeu brincando, e nós rimos.

- Ótimo, vou meter meu cifre na sua cara.

- Quem tem chifre são os cervos.- Respondi rindo.

- Dane-se! Veado, Troy, cervo, unicórnio, alce, rena, pocoto com chifre, Bambi, é tudo a mesma coisa!- Troy disse rindo.

- Aqui tem mais Troyan's?- Lyia perguntou, e o garoto deu um tapa no braço da garota, que não parava de rir enquanto ele a xingava.

- Não! Mas, eu e Sara já vimos uma cobra.

- OQUE?!- Troyan gritou, indiguinado- Eu vou morrer, por Deus, por que eu sou seu amigo, Alice?!

- É a Veronica seguindo vocês duas, nunca duvidei que ela fosse uma cobra mesmo.

Em alguns sentidos, Veronica fosse venenosa mesmo. Mas, eu meio que não estava pronta psicologicamente para concordar que ela era mesmo uma cobra. Ao contrário de Troy que teve uma crise de riso, eu apenas sorri de uma forma amarela e sem humor.

- Gente, agora é sério. Existem cobras noturnas?- Troy disse enquanto olhava atentamente para o chão.

- Hum, não sei. Acho que não.

- Troy, sabe essa raiz solta que você acabou de dar uma bica?

- Ela estava na minha frente e iria furar meu pé, tenho meus motivos.- O garoto justificou.

- Então, tem uma lenda de que a árvore da qual ela saiu, seja maldita.

Ele parou, olhou pra minha cara, e engoliu em seco. Tentou dizer algo, mas gaguejou. Troy levantou o dedo indicador, e finalmente conseguiu dizer algo.

- Você me tira da cama às quase duas horas da manhã, com o risco do doente do meu pai me pegar, me leva pra uma trilha na floresta sombria do capeta, onde há cobra, Bambi, o caralho a quatro, e me diz que eu CHUTEI A PORRA DA PARTE DE UMA ÁRVORE AMALDIÇOADA?- Ele se altera, e volta a ficar ao estado normal depois de uns segundos.- Ai gente, sem condições, essa garota quer me matar.

- Ei, pessoal, eu juro que vai valer a pena. Tenho uma coisa pra mostrar pra vocês, além da cabana. Vocês irão surtar, mais ainda.

- Ah pronto, quer ver que a madame ta criando tigre?- Troy falou ajeitando sua franja.

- Não, mas é incrível.

Depois de mais uns dez minutos de caminhada, chegamos a cabana.

- Ainda querem saber o verdadeiro motivo para eu ter trazido vocês aqui? - Eu disse enquanto estávamos parados observando a cabana e eles assentiram.

Me levantei e fui até a imensa roseira que ficava próxima as outras flores, e me abaixei. Com cautela para não me machucar com os espinhos, peguei uma caixa média feita por uma madeira toda trabalhada e com pequenos detalhes sobre a tampa, parecia ser muito antiga. A segurei firme, e com confiança caminhei até Troy e Lyia, que pousaram o olhar curioso sobre o objeto em minhas mãos que logo estava na pequena mesa de centro da varanda onde estávamos. Os olhei, ansiosos para finalmente saber oque havia ali dentro. Lentamente, abri a caixa e tossi por conta da poeira, abanando minha mão na frente de meu rosto para parar com a nuvem de poeira. Aquilo era realmente muito antigo.

- Oh Deus, da onde você tirou isso?- Lyia perguntou se aproximando mais um pouco.

- Eu achei enquanto observava as flores ontem. Ela estava com terra por cima, então a limpei mas esperei vocês virem para podermos abrir juntos.

- Caramba...- Troy disse.

Eu os olhei, e depois voltei a olhar para a caixa, com muitas folhas escritas incrivelmente mais velhas que eu. Eu adorava essas coisas e um sorriso imediato e sincero apareceu em meu rosto. Eu peguei a primeira que vi, delicadamente, pois aquilo estava tão velho quanto sensível e talvez rasgasse facilmente. Passei meu dedo indicador sobre a mesma, um papel fino e na cor marfim, estava meio amarelado mas a tinta da caneta ainda estava intacta. As letras tinham traços finos e delicados, até as letras tinham mais curvas que eu... sempre fui obcecada por coisas de época, eu achava tudo aquilo incrível e principalmente textos e cartas, pois ali estão memórias de anos, décadas, e até séculos atrás, pessoas que nunca fizemos a ideia que ja haviam existido será lembrada depois de anos!

- Leia!- Troy quase ordenou com um sorriso bobo no rosto.

*****

E o segundo recado, é: Comentem a teoria de vocês. Quero ler muitas teorias, de todos os tipos, desde as mais leves, as mais pesadas, as mais sem sentido e sem nexo até as quais vocês tem a absoluta certeza que seja real. Até o próximo capítulo.

97 Dias Para Te Amar | HIATUS TEMPORÁRIOWhere stories live. Discover now