give me a sign

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— Crystal vai vir jantar aqui hoje. — Karen disse sorrindo abertamente.

— Pois é. — Michael concordou, sem tirar a atenção da tela do seu  celular.

— Primeiro jantar aqui em casa depois do noivado.

— Droga! — Resmungou ao perder o jogo. Nem se quer ouviu o que a mãe falou. — O que a senhora disse?

— Sobre o jantar com a Crys. — Respondeu vagamente.

— Ah sim... Posso convidar um amigo? — Perguntou, esperançoso.

Sabia que seria algo sem graça para ele, pois o pai só falava de assuntos da empresa  e sua mãe se dedicaria totalmente a paparicar sua noiva e isso lhe resultaria em uma noite infinitamente tediosa.

— Depende do amigo, você sabe.

— Mãe, vocês já escurraçaram o Calum daqui, sabe que eu nunca vou perdoar vocês por isso. — Disse magoado.

— Já falamos sobre isso, você vai perceber que foi melhor assim...

— Melhor pra quem? Só se for pra vocês, porque pra mim foi horrível e tenho certeza que para o Calum não foi diferente.

— O seu pai-

— Ah, o meu pai — a amargura visivelmente tomou conta de Clifford nesse momento. — Ele achou que seria melhor pra imagem dele, porque pra mim não foi. Foi ridículo, essa é a verdade! Vocês acharam que por Calum estar namorando um menino, iria me contaminar ou fazer com que eu virasse gay também? Isso é ridículo!

— Michael Gordon Clifford, olha o tom que você fala comigo! Me respeite que ainda sou sua mãe!

— Eu não lhe desrespeitei, só acho que homossexualidade não é doença e vocês foram injustos. Enfim, posso ou não chamar alguém?

— É um jantar íntimo, se tiver alguém qualificado.

Michael bufou antes de levantar e ir até seu quarto. Era realmente muito difícil ser filho de Daryl, o homem que vive de aparências. Pensando bem, Michael preferia quando tinham uma vida simples mas eram felizes. Ao menos ele não era mais feliz.

Olhou pela janela, vendo o quão perigoso seria pular dali e ir embora pra nunca mais voltar. A verdade é que era relativamente alto e ele poderia facilmente se machucar feio.

— Senhor, me dá um sinal. Por favor? — Pediu com os olhos fechados.

O celular de Michael lhe notificou uma nova mensagem, fazendo com que o mesmo abrisse os olhos no mesmo instante.

— Rápido. — Disse pegando o celular do bolso.

Leu rapidamente, tendo que reler novamente para se certificar que não havia entendido mal. Era simplesmente bom de mais pra ser verdade. Depois de três fucking anos e meio. Três anos e meio.

Michael se segurou para não gritar, mas não evitou de pular. Era simplesmente o melhor sinal que poderia receber.

Luke estava de volta à cidade depois de três anos e meio, Hemmings estaria de volta e se deu ao trabalho de pedir para encontrar com Michael.

— Desculpe Luke, mas vou ter que te arrastar para meu show de horrores... — Disse digitando uma mensagem para o amigo.

Luke estava "qualificado" para esse jantar, era íntimo o suficiente, - pelo menos foi, antes de Daryl e Karen decidirem que os amigos antigos não serviam mais – era simplesmente a pessoa mais encantadora que existia, educado e gentil. Tinha tudo para seus pais não lhe encherem o saco depois, além do mais, ainda teria uma desculpa para sair daquele maldito jantar mais cedo.

Amém Luke Hemmings, amém.


•°°•

Hey

Notaram como a família do Michael é um lixo?
[Eu te disse, Sweet]

Vou dedicar esse capítulo a flowersofmuke ❤ Esse serzinho maravilhoso!


BlackBlood || MukeWo Geschichten leben. Entdecke jetzt