7 vidas em minha vida (BTS Long Imagine)

Capítulo 23 - Passagem.

   — Mais uma vez! — Jungkook dizia pela milésima vez para que eu repetisse a coreografia inteira. 

   — Você já percebeu o jeito que está?

   O garoto se olha através do espelho e solta uma risadinha ao entender do que eu estava falando.
   Jungkook estava deitado no chão com o apoio dos braços de uma maneira muito preguiçosa e confortável.
   E eu? Em pé, cansada, suada e dolorida.

   — Pode se levantar, senhor Jeon! Vamos! Vamos! Não tenho o dia todo!

   Seguro suas mãos e puxo, dando impulso para ele se erguer.

   — Você é muito pesado!

   — E você é muito... — Seus olhos vão de encontro aos meus. — Não sei!

   — Bobão!

   — Isso eu sei.

JIMIN

Não sei como tive a capacidade de sorrir agora, mas sorri. Não foi um sorriso divertido, nem alegre. Era saudoso. Porque risadas dela já foram causadas por mim.
Se alguém me visse nesse momento, iria me chamar de idiota com certeza.

— Eu preciso te chamar de idiota ou você já se convenceu disso?

Nem precisou terminar a frase para que eu me virasse assustado e visse meu amigo ao lado.

— Está há quanto tempo? — Namjoon direciona a cabeça para a porta à nossa frente. Era por onde eu podia ver, através de uma janela pequena, Jungkook e S/n treinando.

— Não faz muito tempo.

— Você não tem sorte mesmo. — Ele solta um risinho sem humor. — Seu primeiro amor te reencontrou depois de muito tempo, e isso a gente só consegue pensar que foi o destino mesmo, e você não conseguiu fazer nada pra se juntarem. Agora, ainda está atrás de uma porta com cara de cachorro abandonado enquanto faz questão de vê-la com outra pessoa pra se sentir pior ou melhor, não sei. Jimin, me explica sua cabeça.

— Não fala o que você não sabe! E por que afirma que ela foi meu primeiro amor?

— Eu não sou cego e te conheço muito bem. Além de que, eu ajudei vocês de certa forma uma vez. Não sei se sabia, mas existem câmeras pelas salas da empresa.

— Espera, foi você que nos viu aquela noite e correu?

Ele me encara por um tempo e sorri.

— Foi a maneira que eu achei pra avisar que deveriam tomar cuidado.

Nós rimos da situação. Mas, segundos depois, meus lábios se contraíram. Como se fosse para me lembrar onde eu ainda estava, ouvi risos por trás da porta.

— Eu achei que seria mais fácil.

— O que?

— Desistir desse amor. — Suspiro. — Acho que nunca me abri sobre essa história toda com vocês, só meu irmão sabe.