Harry é um escocês rabugento que se redescobre após entrar no universo de possibilidades que é o BDSM.
E não demora muito para que Harry perceba que ama seu Dominante tanto quanto ama ser submisso.
Ele só precisa arrumar coragem e pedir para Louis...
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Mau humorado.
O professor de História da Arte da Universidade de Saint Andrews, na Escócia, era conhecido assim pelos oito mil alunos, todo o corpo docente de professores e funcionários dali; Harry Styles, O mau humorado.
Seu mau humor tinha um motivo, o término conturbado de seu noivado com Zayn Malik - o qual pegou na cama com o amante, Liam Payne - cinco anos atrás. Do fatídico dia em diante, Harry tornou-se outra pessoa. Decretou morte ao pênis, ao amor e qualquer relação amorosa ou carnal com outra pessoal.
Não que ele tenha chegado perto - a qualquer tipo - de relação com outra pessoa além de beijos, os quais trocou com Zayn durante o primeiro ano de namoro. Seu primeiro e único relacionamento afetivo com outro ser humano.
Harry conheceu Zayn em seu primeiro ano na Universidade e, ao terem se graduado, começaram a namorar. Styles sabia que o árabe tinha mais experiências que ele, mas manteve seu desejo de casar-se virgem, barrando os avanços sexuais do namorado a cada tentativa.
Infelizmente - ou felizmente - , não casou e permaneceu virgem, odiando tudo e a todos.
Depois da separação, o escândalo da traição se formou e se alastrou pela pequena cidade, piorando quando Zayn e Liam se casaram nos jardins da sua bela e fofa casa azul numa cerimônia íntima.
Harry odeia azul.
O mau humor pegou e ajudou Harry a manter os possíveis pretendentes afastados dele ao longo dos cinco anos. Concentrando sua atenção no trabalho foi fácil ignorar a existência de outros seres no planeta.
Acordava toda manhã as cinco e corria pela área norte da cidade, tomava banho e comprava um copo de café perto da Universidade, onde passava oito horas de seus dias até poder ir para casa corrigir trabalhos/provas, preparar as próximas aulas e dormir para o dia seguinte e começar tudo de novo.
Harry não tinha amigos. Não tinha parentes por perto. E odiava visitas.
Alguns alunos corajosos o questionavam sobre, quando ainda eram calouros e não tinham conhecimento do tamanho mau humor que carregava com orgulho, rapidamente aprendendo a manter distância e silenciar qualquer pergunta.
Sua vida monótona e sem graça era tudo o que tinha. Sua irmã, Gemma, casou-se com um alemão chamado Michal e raramente aparecia - apesar da inúmeras fotos alegres e cheias de sorriso que postava no Instagram com o marido, os quatro filhos e o cachorro. E sua mãe, Anne, resolveu virar hippie com outras cinco amigas e viajar de combi pelo mundo com flores na cabeça, mandando cartas coloridas e cheirosas de tempos em tempos.
Anne, com o passar dos anos, tornou-se a única pessoa a falar com o filho. Mesmo sem saber.
A velhinha dona do café onde passava pelas manhãs sabia seu pedido de cor - dependendo do horário em que passava lá - e nem tentava mais lhe dar bom dia/boa tarde. Seus alunos silenciavam-se quando abria a porta para entrar e não falavam a menos que Harry lhes fizesse uma pergunta. Nas reuniões de professores a mesma coisa.
