Deu ruim

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Buenos Aires, Argentina

2 mês depois:

Eu e Jorge saímos mais vezes, porém, eu ainda não tinha o entregado para a polícia. Por que? O delegado oficial ainda não me pediu a papelada e eu não sei até quando terei que me manter nesse papel. Parece que ele estava se apaixonando, e eu também, mas isso não pode acontecer, principalmente por ele ser procurado pelo mundo inteiro e eu ser a pessoa quem vai prender ele.

Jorge tem uma personalidade incrível, mas como eu disse, isso não pode passar de pura interpretação.

No momento, eu estava no sofá de sua casa e ele acariciava meus cabelos. Suas mãos sutis faziam um carinho tão bom, quase me fazendo dormir.

─ Tini? ─ Ele me chamou.

─ Sim? ─ Respondi o olhando.

─ Se a polícia vir atrás de mim, e pegarem você?

Meu coração gelou.

─ O que tem? Ficaríamos presos juntos.

─ É, mas não quero você num lugar horrível daquele. Vou ser sincero... Jorge Blanco nunca se apaixona, e cara, você chegou do nada e escaralhou minha cabeça, não consigo ficar um segundo sem pensar em você.

Merda. Merda. Merda. Merda.

─ Ham.. Se eu mentisse pra você em algo, iria ficar com muita raiva?

─ Depende, mas talvez não, você me ajudou em tantos momentos que me senti só, porém, não posso me deixar assim. Eu não me apaixono. Como eu já disse, você escaralhou TUDO.

─ Isso é bom?

Ele deu um riso, colando seus lábios nos meus e meu Deus, o que eu vou fazer? A porta começou a ser tocada e ele se assustou, ninguém sabia que ele morava ali e foi nessa hora que meu coração disparou.

Jorge foi abrir e assim que abriu, era a polícia. Puta merda! Eles empurraram Jorge pra dentro do apartamento, pedindo para que ele erguesse as mãos e ele me olhou assustado, pedindo para eu sair enquanto eles estavam segurando ele até que o delegado veio em minha direção.

─ Solta ela! ─ Jorge gritou.

─ Calma rapaz, essa moça merece um prêmio por ter sido a melhor advogada de todas e oficial.

─ O que?

─ Se não fosse por ela, você ainda estaria por aí fazendo mal pelas pessoas.

─ Ham? Você mentiu pra mim?

─ Me desculpa, eu juro que depois que conheci você melhor, queria ter parado... ─ digo me aproximando.

─ Me levem de uma vez. ─ Ele disse grosso e decepcionado.

─ Bom trabalho Muzlera, bom trabalho.

Estou em sentindo tão mão, não sei o que fazer no momento.

Criminal [EM REVISÃO] || Jortini. Where stories live. Discover now