Baekhyun e a Caça ao Novo Emprego

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Acontece que Baekhyun era realmente real, ou era o que Chanyeol dizia depois que o pequeno não sumiu nos três dias seguintes. O maior preferiu acreditar que havia realmente um pequeno anjo vivendo em sua casa do que uma possível doença que o fazia enxergar coisas.

Porém, ele só teve certeza quando a proprietária do apartamento veio cobrar o aluguel, mas foi distraída por um Baekhyun escondido atrás do gigante. Após isso, uma das preocupações de Chanyeol havia sumido.

Ele não estava doente da cabeça.

O que movia ele para seu segundo maior problema. Ele não possuía um emprego e agora tendo uma segunda pessoa para alimentar fazia com que sua busca por emprego se tornasse ainda mais importante.

Agora, quem diria que anjos tinham que se alimentar? Baekhyun comia muito mais do que seu pequeno corpo parecia precisar e estava terminando com o estoque de leite do maior.

Na manhã do quarto dia pós Baekhyun, Chanyeol se arrumou para sair de casa e ir atrás de um trabalho. O que ele não contava era a constante insistência do menor de acompanhá-lo.

— Pela última vez, você tem que ficar aqui — Chanyeol pediu para o menor.

Baekhyun estava sentado emburrado no sofá enquanto Chanyeol calçou seu tênis. O menor estava usando as mesmas roupas de quando ele havia chegado no apartamento com o acréscimo de um casaco feito de um pulôver antigo do gigante.

Chanyeol fez uma nota mental para arrumar roupas adequadas para o pequeno assim que ele recebesse seu salário. O que o fez lembrar de pegar seu pequeno currículo na escrivaninha do quarto.

-— Mas eu quero ir com você — Baekhyun pediu novamente ao descer do sofá — Como posso te ajudar se você não deixa eu te acompanhar?

Chanyeol havia pensado nisso, entretanto ele não podia deixar o baixinho sair de casa com o tempo tão frio e sem um agasalho decente. O pulôver que Chanyeol tinha criado não era o suficiente.

— Eu sinto muito pequeno — Chanyeol disse ao se abaixar — Vamos deixar para a próxima.

Chanyeol bagunçou os cabelos de Baekhyun, ignorando o bico que ele estava fazendo e seguiu rumo a porta. Com o currículo em uma mão e o celular na outra ele estava pronto para sair.

Porém a porta estava trancada e não havia nenhum sinal da chave.

Confuso, pois ele tinha certeza que a chave estaria na porta, Chanyeol começou a procurar em todos os lugares possíveis. Na mesa da sala, no balcão da cozinha, em seu quarto e por último debaixo do sofá.

Nenhum sinal da chave.

Foi quando Chanyeol percebeu um pequeno sorriso no rosto do anjo. Descansando as mãos no quadril, o maior se virou para Baekhyun que tinha voltado para o sofá.

— Baekhyun, onde estão as minhas chaves?

— Eu posso ir com você? — o pequeno indagou.

— As chaves, Baekhyun — pediu o maior.

O menor parecia não ouvir e apenas balançava seus pequenos pés que ficavam pendurados no sofá. Olhando para o relógio e percebendo que iria chegar atrasado se não saísse agora, Chanyeol cedeu.

— Você pode vir — ele murmurou.

Baekhyun logo pulou do sofá com um sorriso e correu até o gigante. Assim que ele se aproximou, Baekhyun tirou a chave que estava escondida debaixo da blusa e entregou para o maior.

— Obrigado, pequeno — Chanyeol disse com um leve tom de ironia.

Antes de sair, Chanyeol vestiu seu casaco, e para impossibilitar que o anjo sentisse frio, o maior posicionou o anjo entre seu peito e o zíper. Fazendo que Baekhyun ficasse protegido do frio e de qualquer outra coisa que aparecesse.

Chanyeol só esperava que ninguém perguntasse o porquê dele estar carregando alguém por aí. Alguém cujo apenas os olhos estavam visíveis.

Chanyeol tinha acabado de sair do prédio quando sentiu Baekhyun se mexer um pouco para falar:

— Eu sinto que você vai conseguir esse emprego, Chanchan — Baekhyun disse alegremente de seu lugar no peito do gigante.

Chanyeol apenas riu, mas imagine sua surpresa quando o gerente da loja de conveniência da esquina contratou o maior sem nem precisar olhar o currículo.

Chanyeol gostaria de dizer que passou o resto do dia descansado para seu primeiro turno noturno na loja, mas na verdade ele passou a tarde fazendo listas de compras e planos para o seu próximo salário.

Salário esse que estava 90% comprometido com Baekhyun.

A única coisa que Chanyeol pensava, não era como o pequeno anjo trouxe um pouco de sorte em sua vida, era como uma criatura tão pequena requeria uma alta manutenção.

— Baekhyun, o que é isso? — Chanyeol perguntou ao apontar para um item na lista de compras do menor.

Baekhyun chegou mais perto para poder ver e balançou a cabeça com decepção. Em sua defesa, Chanyeol não tinha culpa que a letra do menor era igual a de uma criança e como apenas metade da lista estava legível.

— Ora, é chocolate — Baekhyun murmurou como se fosse óbvio.

Chanyeol preferiu não entrar em discussão quando ele notou que maior parte da lista de Baekhyun era composta de doces.

Muitos doces.

Quando chegou a hora de ir trabalhar, Chanyeol não tentou discutir quando viu Baekhyun surgir com o mesmo pulôver e sua mochila vermelha, que de acordo com ele tinha suprimentos, e apenas o prendeu com o casaco novamente.

Conclusões daquele dia: Baekhyun era muito real, ele gostava de doces e dormiu facilmente no peito do gigante enquanto o maior trabalhava.

As Aventuras do Mini BaekhyunWhere stories live. Discover now