Three

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Kihyu estava sentado na mesa de uma cafeteria perto de sua casa, esperando que Minhyuk voltasse com os cafés que havia ido buscar. Já haviam passado três dias desde o evento da empresa em que seu amigo trabalhava e mesmo assim, ainda se lembrava perfeitamente do moreno e da sensação de tê-lo tão perto, tocando sua cintura de um jeito que ele ninguém havia feito antes. O menor passava a maior parte de seu tempo livre encarando o celular, tentava pôr em sua própria cabeça que apenas estava curioso e nervoso por uma notícia de Shownu sobre seu livro, mas sabia que não era só isso. Kihyun sabia que havia gostado do moreno e que estava arrependido de ter dito aquilo, se não tivesse insinuado que o maior havia se aproximado de si apenas por interesse, aquela noite teria sido muito melhor e ele não estaria na agonia atual.

— Está esperando a ligação de alguém? — Minhyuk perguntou ao voltar para a mesa e perceber que o amigo encarava o celular.

— Não. — mentiu. O loiro deu de ombros, entregou o café de Kihyun e se sentou.

Os dois começaram a conversar sobre coisas irrelevantes enquanto tomavam seus cafés com calma. Eles quase sempre saíam mais cedo de casa apenas para conversarem antes de Minhyuk ir para a empresa onde trabalhava.

O celular de Kihyun tocou e ele olhou para o mesmo imediatamente, era um número desconhecido, mas ele pegou o celular mesmo assim, o que fez Minhyuk estranhar. O menor atendeu e sentiu o corpo arrepiar quando a pessoa do outro lado da linha falou. Ele conhecia aquela voz.

— Alô? Yoo Kihyun?

— Sim, quem fala? — o menor perguntou, mesmo já tendo certeza de quem era.

— Ah, é o Hyunwoo, não sei se você lembra de mim...

— O Shownu?

— É, isso! Tudo bem?

— Tudo sim, o senhor finalmente ligou...

— Então quer dizer que você estava esperando pela minha ligação?

— Com certeza. Digo, estou curioso para saber sobre o que achou do meu livro.

— Ah Sim, o livro. Eu terminei de o ler ontem a noite.

— Sério? O que achou?

— Bem, eu quero te encontrar pessoalmente para conversarmos melhor, o que acha?

— Eu adoraria.

— Conhece um restaurante italiano próximo àquele salão onde ocorreu o evento?

— Claro que eu sei! É o meu restaurante favorito.

— Jura? O meu também.

— Uma pena nunca termos nos encontrado por lá, não acha?

— Pode ter certeza que sim. Que horas você estará livre hoje?

— Pode ser às seis.

— Podemos nos encontrar às sete e meia?

— Sim, tudo bem. — um silencio tomou conta da chamada e Kihyun suspirou — Shownu?

— Sim?

— Me desculpe pelo que falei naquele dia, eu não queria magoar você.

— "Você"?

— É... — falou ao entender errado, mas após o silêncio do outro, percebeu qual foi o problema — Quer dizer... senhor.

— Ah, não se preocupe com aquela noite, está tudo bem. Até mais tarde, Kihyun. — o menir franziu o cenho.

— Até, senhor.

Kihyun desligou a ligação e olhou para o loiro sentado à sua frente, esse que o encarava curioso e com uma sobrancelha arqueada.

— Desde quando você atende números desconhecidos? Pensei que se você não tivesse o número salvo, não era importante ou relevante.

— Eu meio que menti, estava esperando uma ligação sim, mas não terminou exatamente como eu esperava.

— Como assim? Por que você parece tão chateado? Quem era?

— Era um cara, Minhyuk.

— Como assim "um cara"? Que cara é esse?

— Eu o conheci naquele evento da sua empresa, nós conversamos um pouco e eu descobri que ele é dono de uma editora muito famosa, entreguei meu livro a ele e fiquei esperando uma ligação. Agora ele ligou e marcou um encontro comigo pra falar sobre o livro.

— Isso é bom, não é?

— Era pra ser, mas eu gostei dele Minhyuk, alguma coisa nele me atraiu muito. Eu pensei que tivesse rolado um clima ou algo assim, mas ele não quer nenhum tipo de intimidade comigo.

— Por que acha isso?

— Ele quer que eu o chame de senhor, falei "você" agora a pouco e ele praticamente me corrigiu. Parece querer manter um tipo de hierarquia, mostrar que nunca teríamos algo. Deve ter detestado meu livro também e provavelmente vai falar isso na minha cara mais tarde.

— Kihyun, não diga isso...

— Vamos, você não pode se atrasar. — o menor falou ao se levantar e pegar sua bolsa. Minhyuk não falou mais nada, apenas se levantou, ele sabia que quando seu amigo estava chateado, o melhor à se fazer era não o perturbar muito.

Mine. [Showki; BDSM]Where stories live. Discover now