Capítulo 6

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Os minutos passaram devagar ali na estrada de barro

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Os minutos passaram devagar ali na estrada de barro. A tempestade fora resumida a uma serena garoa e Iara não precisava mais manter-se concentrada na proteção da família. Todos estavam espalhados.

Eric estava jogado sobre uma espécie de trono de barro seco que ele modelara, Lúcio segurava uma chama sobre as mãos para se aquecer e Morgana estava focada na testa de Rupert na tentativa fútil de curá-lo.

— Tem alguém vindo! — alertou Matheus apontando o dedo.

Em harmonia, todos viraram a cabeça na direção do castelo e viram uma figura metálica refletindo o laranja das tochas. Não era Paulo e muito menos Apogeon. Era a guarda Rebeca, alguém que nem deveria estar ali. Rupert estava aliviado por vê-la com vida, mas estaria muito melhor se ela estivesse acompanhada por Paulo e Apogeon.

— Rebeca? — duvidou Morgana com espanto.

A guarda se juntou ao grupo e foi bem recebida por todos, com exceção de Ramsés que permaneceu distante, observando as montanhas. Ela arquejava pesadamente e tremia de frio enquanto analisava os danos que o combate causara por ali. Era uma mulher bonita e durona, possuindo um belo par de olhos verdes e cabelos ruivos bem curtos.

A armadura dela, quando não estava coberta de lama, era uma mistura elegante de preto e dourado — nada diferente do que os outros usavam. No peitoral de ferro, ao lado da bainha sempre vazia, a letra "A" negra estava amassada, o que deixou Rupert aflito com o combate que acontecera lá em cima. Se aquela armadura estava naquele estado, como Paulo sairia de lá com vestes comuns?

— O que faz aqui? — questionou Morgana indelicadamente. — Apogeon dispensou todos os guardas.

— Sinto muito, rainha Morgana — engasgou-se Rebeca ainda recuperando o fôlego. — Não consegui deixá-los. Quando soube que Paulo voltou e que os guardas seriam dispensados, algo me disse que coisa boa não estava por vir e escolhi ficar.

— E pelo visto, fez a escolha errada — reprovou Morgana, tocando a armadura de Rebeca.

Rupert ficou horrorizado ao notar o que a mãe analisava com os dedos: um longo corte profundo no metal começava no seio esquerdo e terminava na costela direita. Um golpe um pouco mais preciso e Rebeca estaria morta.

— Não achei ele grande coisa quando o vi, mas confesso que nunca senti tanto medo quando o enfrentei — admitiu cansada, analisando os cortes na armadura com Morgana. — Deve ter feito algum ritual ou uma magia desgraçada para não se ferir, pois nada parecia abalar aquele homem! O que houve aí na sua testa?

— Bom, eu...

— Ele foi atacado — Morgana respondeu pelo filho. — Uma mulher que veio com Íncanos o pegou.

— Sempre se encrencando — brincou, o rosto sujo dela se iluminando com um sorriso sem batom. — E vocês conseguiram derrotar essa mulher? Como foi?

Rupert Brant e os ElementaisDonde viven las historias. Descúbrelo ahora