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Estava na clínica a apenas uma semana e pra mim ja pareciam anos, agora podia sair do quarto e andar pelas dependências do lugar e me misturar com os outros pacientes, me sinto um pouco tonta e me seguro na parede, a medição ainda me deixava mal, não sabia ao certo o que me davam, ja que não me diziam.

-Ta tudo bem? Quer que eu chame algum enfermeiro?

-Ta-ta... Ta tudo bem, só fiquei um pouco tonta. -falo de olhos fechados respirando fundo.

-Vem aqui, senta um pouco.-falo segurando em sua mão e na sua cintura, levando-a ate um banco, ajudo a mesma a se sentar.

-Obrigada... Você é muito gentil. -abro is olhos, noto que ele usava roupas normais, era um garoto de olhos castanhos mel, com um topete arrepiado. -Porque não usa esse traje super chique igual a todos nós?

-Aaan é que eu não sou paciente...

-Então o que faz aqui? Não como se ele lugar fosse um shopping ou seilá.

-Meu pai é um dos psiquiatras... E as vezes tenho que vir pra cá...

-Caramba que chato... Ter que vir pra cá.

-É sim... Mas ja me acostumei, tenho ate meus pacientes favoritos. -RI e mantém seus olhos em mim como se tentasse me desvendar.

-O que foi? Ta tentando me analisar?

-Tentando imaginar o que você pode ter feito pra vir parar aqui? Não parece louca... Ops esse termo não é muito adequado pra se referir... Desculpa.

-E porque eu não sou... Eu acho... Eu to aqui porque... É complicado.

-UAL ninguém nunca resumiu tão bem a sua própia história.

-eu Sei, eu sou otima nisso. -dou uma risadinha. -Talvez um dia eu te conte.

-Okay, vou cobrar senhorita... A proposito sou Dean. -estendo a mão pra ela, como forma de comprimento.

-Dean... Sou a Allyson... Pode me chamar de Alky, se quiser... Ou não... -aperto sua mão e sorrio, ouço o toque de recolher, reviro os olhos. -Hora de ir, ate mais.

-Consegue ir sozinha?

-Consigo... Obrigada. -me levanto e vou indo para o meu quarto.

*Mansão Whitmore *

Tive que ser uma espécie de garota meiga e adorável nessa última semana, inclusive me desculpei com Matt, tive vontade de bater minha cabeça contra parede inúmeras vezes durante esse período, estavamos jantando juntos como se nada houvesse acontecido.

-O que acha de ir comigo ao jantar anual da empresa Evy? -sorrio e a olho.

-Aaah claro... Parece otimo, vou adorar. -tento dar o sorriso menos forçado que conseguia.

-Todos vão ficar felizes em vê-la, adoravam quando ia a empresa, quando criança.

-Faz muito tempo... Quando posso ir ver a minha irmã? -tomo meu suco me mantendo calminha.

-Vou ver com os médicos dela e assim que liberarem aviso vocês. -Olho Liam. -Esta tão calado hoje. O que houve?

-Nada pra se preocupar... Só estou cansado. -me levanto. -Se não se importam vou me deitar.-Saio dali.

-Eles ta bem realmente?

-Não sei... Deve ser conciência pesada... -sussuro.

-O que?

-Ann por engravidar aquela menina... Sabe todo drama de ser mãe solteira aos 17 e tudo mais... Consciência pesada... Porque mais seria? -me levanto. -Preciso dormir também.

Me levanto, saio de lá e vou para o meu quarto, ao chegar vejo Chris na cama com o notebook e se camiseta, fecho a porta.

-Por que ta sem roupa? Será que é tão difícil assim fazer uma pesquisa vestido. -reviro os olhos e me sento na cama.

-Tava calor UE, e você não aparecia logo.

-Sabia que aquele ar condicionado ta aqui pra isso? -faço careta. -Ate parece que demorei por querer... Quis me matar umas mil vezes nessas uma hora de jantar.

-Olha descobri pouco sobre a sua mãe e a internação, apesar dela ser uma moça rica e viver nas revistas antes de tudo, conseguiram abafar toda a história.Achei uma foto, olha.

Olho o notbook, estavamos Liam, eu e ela, parecíamos felizes, era tão pequena que não conseguia me lembrar, enxugo uma lagrima que escorre por minha bochecha e sorrio.

-Ela é tão bonita. -encaro a foto. -Sabia... Sabia que ela era familiar...-dou zoom na foto.

-Como assim? Quem?

-A enfermeira... No dia que visitamos a Ally... Eu a vi e senti que a conhecia... Mudou o cabelo e ta mais velha... Mas é ela, tenho certeza Chris. -Olho ele.

-Porque ela viraria enfermeira e trabalharia numa clínica igual a que a, colocaram? Não faz sentido... E porque iria ser responsável justo pela Ally.

-Não sei... Nada faz sentido... Tudo isso parece uma bola de neve de mentiras e segredos que não acaba... Mas agora sei que ela ta viva e aonde encontrá-la.

-E o que vai fazer?

-Me aproximar o suficiente pra ganhar a confiança dela, e descobrir mais. -fecho o notbook. -Obrigada pela ajuda.

-Não precisa agradecer... Só quero ajudar vocês a sair de toda essa bagunça.

-A Ally vai precisar de ajuda agora que não ta mais com meu irmão...vai precisa de alguém com quem contar. -me levanto da cama e coloco o Not na mesa.

-Eles terminaram? -fico olhando-a.

-Uhum... É meio difícil entender e superar o fato do seu namorado te colocar num sanatório neh... Mas ela tem você e isso vai ser bom pra ela.-arrumo a mesa porque tava uma bagunça, que certamente o Christian que havia feito.

-É impressão minha ou ta tentando insinuar que eu deveria investir nela? -olho ela um pouco confuso.

-Isso ai é você quem decide. -mordo o lábio inferior.

-Ta okay. -me levanto e visto minha camiseta. -Melhor eu ir, ta tarde.

-Ta bom... Ate mais. - permaneço de costas arrumando a mesa.

-Até...qualquer coisa ja sabe...-vou ate ela e beijo sua bochecha,saio pelo mesmo lugar por onde entrei,janela.

Assim que ele sai, paro de arrumar ando ate a cama e me jogo na mesma, fito o teto pensativa, sentimentos não eram algo com que eu sabia lida, estavam ainda mais intensos e confusos ultimamente.

Remember I Love youWhere stories live. Discover now