Louise & Apollo [Conto]

°Último°

— Você está mentindo para mim e isso me incomoda!

— O que eu minto para você? - A voz da garota quase não soou.

— Nada, esqueça.

— Não Apolo! Eu só irei ficar tranquila quando você falar.

— Nada, eu estou ocupado agora- ele encerra a ligação.

Louise senta na cama e encara o seu guarda-roupa de madeira, lembrando-se de tudo que tinha ocorrido ali dentro.

Desde pequena quando não queria ir à aula, se escondia no armário na esperança de sua avó não lhe achar, porém sempre era descoberta.

Nas fases das paixões da escola, conversava pelo telefone tudo sobre os garotos com suas amigas.

Quando deu o seu primeiro beijo.

E onde chorou durante a noite inteira, por ter o seu coração partido.

Horas depois ela decide ligar novamente

— Apolo? Percebo que eu passo vários vazios por você, enquanto pouco se importa comigo, vive me dizendo que me ama, mas agora eu sou nada? Como você faz isso comigo?

— Você acha que eu estou bem? Está fazendo eu me sentir pior do que já estava.

— Então me conte o quê eu estou mentindo.

— Nada! — Em um grito, todos os sentimentos foram liberados.

O silêncio surgiu na linha, Apolo consegue ouvir os soluços de sua amada, aquilo o machucou.

— Louise... Desculpa, você vive dizendo que sempre está sozinha e que não tem amigos, porém ontem parecia o contrário.

— É sério isso? Ontem foi meu aniversário, uma festa surpresa, repete comigo, S-U-P-R-E-S-A, sabe o quê significa? Secreta, só tinha quatro pessoas que realmente me amava, na verdade são três...

— Está dizendo que não te amo?

— Exato, ter várias pessoas no seu lado, não significa nada, se realmente me amasse acreditaria em mim. —Ela desliga e joga o celular na cama.

Em questão de segundos, ele a liga novamente, Louise não atende, mas Apolo continua insistindo.

— Me desculpa, eu não queria fazer isso com você, é melhor um tempo, não acha? - Ele diz.

— Tempo? Eu não quero tempo, não quero sofrer isso nunca mais.

—  O quê aconteceu?

— Nada que não poderia ter sido evitado. — O tom de Louise não escondida o sarcasmo.

— Tudo bem então, desculpa por qualquer coisa que eu te fiz.

— Eu te amo muit...

— Eu também, estou indo para ai agora- ele a interrompe.