Capítulo 12

89 17 3
                                    

Não, não, não, não podia ser verdade, alguma coisa deveria estar errada.
- Vocês tem certeza? Poderia ser uma das irmãs dele. - disse com a voz vacilante. Tentar pensar por esse, nunca tinha visto suas irmãs, então poderia ser.

Yoora sacudiu a cabeça.
- Não é, o ceo está sofrendo uma puta dor de cabeça, os telefones não pararam de tocar e algumas fãs já estão se organizando para protestar na porta da empresa. Algumas querem explicações imediatas. Os meninos estão em reunião já faz umas duas horas.

Eu tentei me controlar, manter a minha respiração em seu compasso correto, fingi não ligar para o assunto e fui buscar o meu cronograma do mês. Parte do início do mês, iria trabalhar com os atores, haveria gravações e peças de teatro, em seguida a outra metade do mês eu teria que cuidar da maquiagem do grupo para o photoshoot, da gravação do mv e de outras aparições deles. Eu tive que respirar fundo e beber um pouco de água para tentar remover aquela bola da minha garganta, mas não adiantou, tive que trabalhar o dia inteiro com ela. Pedi para Deus para não encontra-lo tão cedo.

Quase no horário da minha saída resolvi tomar um café, ainda estava frio e sentia meu corpo começar a amolecer, então na primeira oportunidade escapei para o refeitório. Não estava muito cheio, o dia havia sido bem estranho com um clima pesaso, talvez por conta da manifestação que estava tendo, eu havia visto o ceo poucas vezes, mas naquele dia eu o vi perambulando pela a empresa mais vezes que o tinha visto desde que entrará para a equipe.

Enquanto eu dava um gole na bebida quente e doce, vi uma pessoa caminhar pelo o corredor rapidamente, ela passou pela a porta como um fantasma e nem olhou para dentro do refeitório, ignorei até que passou novamente e olhou de relance para mim, percebi que era Taekwoon, como queria evita-lo por algum motivo que meu coração dizia para não vê-lo, eu sai de fininho pela a outra entrada, mas quando a estava alcançando, ele me chamou, escutei seus passos em minha direção, apertei o passo, e ele também.

- Alexia! - ele chamou mais algumas vezes, eu não podia ignorar porque provavelmente ia continuar me chamando. Eu me virei e tentando não focar em seu rosto, respondi
- Desculpa, Taekwoon, mas eu tenho urgências. Desculpe. - eu parei e percebi que ele também, então apenas me curvei e continuei andando em passos largos e rápidos até o banheiro mais próximo e me tranquei. Estava segura, por enquanto.

Aquela bola de mais cedo se aumentou e minha respiração ficou mais difícil, imediatamente joguei água em meu rosto e o verifiquei no espelho. Por mais que o meu rosto estivesse saudável, a maquiagem perfeita cobrindo cada defeito da minha pele e continuava com o sorriso de sempre, eu sabia o que havia debaixo da máscara. Não era visível para os outros, mas era nítido para mim, o punhal cravado em meu peito.

Saindo da empresa, vi a entrada lotada de garotas com faixas, cartazes e havia algumas até chorando, outras gritando indignada "por que", todas muito jovens, aquilo me chocou. Onde estava os pais dessas meninas? Eles sabiam o que estavam fazendo? Eu não entendia, ou entendia o que elas estavam sentindo.
Quando entrei em meu apartamento, joguei minha bolsa no primeiro lugar que achei e me deitei na cama, olhando fixamente para o teto, diariamente para a luz que iluminava o quarto. Não sabia quanto tempo havia passado quando o meu celular começou a tocar dentro da bolsa, não me movi, deixei que tocasse até parar. Infelizmente, a pessoa insistiu, depois que parou novamente, peguei o aparelho, havia certa de cinco ligações perdidas e muitas mensagens, tanto por sms quanto no kakao, eu as ignorei, principalmente vindo do tal remetente.

Quando tocou mais uma vez, hesitei, mas quando li o nome do contato que havia colocado no número de Hongbin, atendi imediatamente.
- Oi, meu amor. - disse assim que atendi.
- Oi, minha llinda Como você está?
- Eu estou bem e você?
- Estou bem. Os caras estão te mandando um abraço e dizendo que precisamos sair todos qualquer dia.
- Diga que estou mandando lembranças a todos. E com certeza, quando quiserem.
- Não a vi hoje.
- Estávamos todos ocupados hoje, eu acho. - Ele concordou.
- Hoje a noite eu estou livre, quero te ver.
- Mas e a preparação do álbum?
- Tivemos um probleminha muito grande e teve que adiar, então sou todo seu. - Ele sussurrou: - Estou com saudades.
- Eu também, venha aqui. Vamos fazer algo. - Ele imediatamente se animou, eu acabei rindo. Quando a ligação caiu, tomei um banho quente e arrumei o apartamento, Hongbin não demoraria para chegar.
Enquanto o esperava, mexi em minha rede social, curtindo fotos das minhas irmãs e amigos distantes, uma saudade apertou em meu peito, eu estava tão longe de casa. Eu só não esperava que em meu explorar iria explodir com fotos do caso de mais cedo. Eu acabei vendo cada uma das fotos e cada uma delas era um soco no estômago e minha cabeça gritava sem parar "trouxa". Odiava o fato de seguir o perfis relacionados ao grupo, se não fosse por isso, não estaria sendo golpeada novamente.

O código da porta havia sido acionado e ela se abriu em seguida, desliguei o celular e avancei em Hongbin, o recepcionando com um beijo profundo e demorado. Eu o peguei de surpresa. Não sei porque fiz aquilo, mas apenas fiz.

- Nossa, também estava com saudade. - Ele riu assim que nos afastamos. - Você está melhor?  - perguntou colocando as mãos em meu rosto, pescoço e testa.
- Sim, estou. - Rindo, afastei as suas mãos. - Vamos fazer algo? Estou cansada de ficar presa aqui e na empresa.
- O que quer fazer?
- Qualquer coisa, apenas me leve para sair.

Ele concordou, enquanto eu me arrumava para sairmos, ele colocava o seu boné e os seus óculos escuros. Ao sair do apartamento, percebi que o sol começava a se pôr, por sorte andariamos pelas as ruas e poderia contemplar aquela beleza visão. Queria fazer qualquer coisa que tirasse aquele peso dentro de mim, pelo menos por um momento.

Eternity  ✩ VIXXWhere stories live. Discover now