CINQUENTA E OITO

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                         ÉRICO

ONDE eu estava com a cabeça?!

  Érico seu bobo!

Eu por um curto momento me esqueci que ela,era a Naila!

  Saio do banheiro já vestido,com uma camisa social  azul marinho com botões pretos,e uma calça jeans preta,com um sapato preto,o cabelo penteado para o lado esquerdo como sempre,passo uma boa quantidade de perfume e desço.

  Meus pais não estão na sala de recepção, provavelmente estão se arrumando ainda,eu me sento em um dos grandes e luxuosos sofás,logo depois meu pai chega,trajando seu terno prata como sempre.

Ele se senta.

Ele suspira.

  ___ Como você está?

Não entendi muito bem a pergunta dele,mas respondo.

  ___ Bem, eu acho…

  ___ Desculpe.

  ___ Pelo quê?

  ___ Por tudo…eu sei que esse futuro não é, e nunca foi seu sonho.

  Ele tem razão.

   ___ Não é culpa sua.

   ___ Você gosta dela? __ Ele pergunta.

   ___ De quem? __ Pergunto mesmo sabendo a resposta.

   ___ Da Naila.

   ___ Claro que gosto.

Ele assentiu e não falou mais nada.
Um tempo depois minha mãe chega desfilando.

  A campainha toca,e um mordomo vai atende-la,ele abre a porta e fala alguma coisa que não consigo distinguir, e logo depois os Esquivlachck entram,meus olhos encontram os de Naila.

  É incrível como eu sou atraído para os olhos dela, porque eu não consigo evitar aquele par de olhos castanhos,eles são perfeitos...

  Ela abre um sorriso tímido, Naila é linda de qualquer jeito,a beleza dela não depende,e nunca dependeu e nunca vai depender da roupa,ela é linda do jeito dela,mas hoje eu tenho que admitir que ela está fantástica.

  Ela está usando uma calça jeans clara de marca,uma blusa solta vinho,que modela sua cintura, a única joia que ela está usando é o colar que o pais dela deu,e o que eu dei,seu cabelo está solto mas está penteado para o lado direito.

  O olhar dela foi realçado com um delineador e um rímel e somente isso,e no pé…um tênis branco.

  Sua mãe está extravagante,com um vestido justo que vai até o joelho,e um salto alto,e seu pai está com um terno preto,esbanjando riqueza. Ela vem até mim,e me dá um abraço, seu perfume me envolve,mas porém tudo que é bom acaba rápido,ela me solta.

   ___ Oi. __ Apesar de sua voz ser simpática,o olhar dela carrega uma tristeza.

    ___ Oi,como vai?

    ___ Bem.

  O pai dela aperta minha mão, assim como sua mãe.

Meu pai me cutuca com o cotovelo.

    ___ Se você gosta dela, aproveita, depois de hoje não vai mais ser assim... __ Meu pai sussura no meu ouvido.

  Meu coração se parte em vários pedaços, eu olho para ela.

   ___ Certo...

  Meu pai assente,e chama os pais dela para uma sala mais reservada,eles se vão nos deixando a sós.

Ela olha para mim tímida.

   ___ Vamos para o meu quarto.__ Falo.

Ela assente.

   ___ Não tô a fim de andar. __ Ela fala.

   ___ Tudo bem,eu pego um carro. __ Dito e feito.

  Eu abro a porta do meu quarto para ela,e ela entra,e logo depois eu faço o mesmo.

   ___ Senta aí. __ Falo indicando uma poltrona.

  Ela se senta,e não consigo ignorar a tristeza dela.

   ___ Quer compartilhar? __ Pergunto.

Ela nega com a cabeça.

   ___ Tudo bem…

Ela abre um sorriso.

   ___ Tá legal chega disso!Vamos nos divertir. __ Ela fala se levantando.

    ___ Como?

Ela olha para mim,com um sorriso malicioso.

     ___ Adoro sua pista de carro…

  Já entendi tudo…

                            ¤¤¤

  Naila nem tocou na comida,só encara o prato.

   ___ Algum problema com sua comida? __ Pergunto.

   ___ Nenhum…só não estou com fome.

O vento sopra, é um vento gostoso,eu e Naila, resolvemos jantar aqui fora sozinhos,não gosto muito de jantar naquele lugar enorme que eles chamam se sala de jantar.

  Uma criada retira o prato de comida e coloca a sobremesa, que parece estar ótima, porém Naila nem a toca,o que me deixa surpreso!

  ____ Espera...não acredito…vai chover,a Naila rejeitando um doce?!Não creio! ___ Falo brincando com ela.

  Ela abre um sorriso, e dá uma risadinha sem vida,ela está triste…

  ___ Não enche. __ Ela fala dando um tapinha no meu braço.

  Dou um sorriso para ela,porém ela não devolve.

   Ela se levanta,dobra a barra da calça, e se senta na beira da piscina, enfiando somente os pés e um pouco das tornozelos,acabo de comer minha sobremesa e vou até ela.

A GAROTA DO BANQUINHO Onde histórias criam vida. Descubra agora