If You Say So - Z.M

8. Oh, how I wanted to kiss her

-Como é que a Bekah reagiu?

-Pensei que ela fosse reagir pior, a sério.

-O que lhe contaste?

-Tudo... tu e a Lea, a morte da Carol e o quão apaixonado eu era por ela, a razão da morte dela... tudo mesmo.

-Sabes que ao contar-lhe tudo podes estar a pô-la em perigo.

-Eu sei, mas ela tem o direito de saber.

*Lea POV*

Eu gosto do Zayn. É esquisito porque mal nos conhecemos. Mas desde a primeira vez que o vi que há algo nele... não sei. Faz-me sentir bem. Eu não gosto dele daquela maneira de gostar mesmo... vejo-o como um futuro bom amigo.

-Rapazes, venham! Vamos ver um filme. - Bekah gritou

Eles saíram logo da cozinha e vieram sentar-se à nossa beira.

-Que filme vamos ver? - Niall perguntou - E pipocas? Não tem piada ver um filme sem pipocas.

O Niall levantou-se e foi fazer pipocas acompanhado de Zayn enquanto eu e a Bekah ficamos a escolher o filme.

Acabámos por ver um filme de comédia qualquer.

*Zayn POV*

Estávamos a ver o filme que, diga-se já, era secante pra caralho.

Olhei para a Lea e ela estava a dormir. Ainda fico parvo com a beleza dela, a sério que fico. Só de a ver a dormir transmitiu-me uma paz e uma tranquilidade que precisava há muito. Amo-a demais.

A porcaria do filme acabou e o Niall ria-se alto.

-Cala-te idiota. A Lea está a dormir. - eu disse irritado

-O filme nem tinha assim tanta piada Niall - a Bekah gargalhou

-Desculpa? - ele disse indignado - tinha piada sim!

-De qualquer das formas não interessa. Eu vou levá-la para o quarto.

-Não achas que é arriscado Zayn? Ela pode acordar a qualquer momento. E depois o que lhe digo quando ela perguntar como foi parar à cama?

-Dizes a verdade Bekah, dizes que fui eu que a levei. Não quero saber realmente. - eu sussurrei pegando na Lea ao colo delicadamente

-Ok, tu é que sabes. O quarto dela é o terceiro à direita.

Acenti e subi as escadas com Lea no meu colo a dormir profundamente. Abri a porta do seu quarto e pousei-a cuidadosamente na cama. Olhei em volta e logo uma coisa me chamou a atenção: a caixa que eu lhe dera. O mapa estava em cima da secretária e uma das cartas que eu lhe escrevi estava pousada na mesa de cabeceira. Um sorriso rapidamente apareceu na minha cara. Ela tinha lido a minha carta recentemente. Abri-a tentando não fazer barulho:

"Olá meu amor. Esta é a última carta que te escrevo porque em breve vais-te embora. Eu não quero que te vás embora, não quero mesmo. Quero-te aqui, para sempre comigo. Dizem que os amores de verão não passam disso mesmo, apenas amores de verão... mas nós somos diferentes. Promete-me que connosco vai ser diferente amor. Eu sei que vai.

Amo-te daqui até à lua e da lua até aqui.

Ainda não foste e já tenho saudades."

Uma lágrima caiu dos meus olhos, seguida de muitas outras. Só de pensar no que aconteceu no dia em que lhe escrevi isto... a dor no meu peito só aumenta. Eu pensava que tê-la longe de mim ia ser doloroso, nem imaginava que ela não se iria lembrar de mim. Isso é mil vezes pior.

Olhei para a Lea, os seus lábios estavam entreabertos. Em circunstâncias normais eu teria beijado a rapariga linda que estava à minha frente. Oh, como eu queria beijá-la. Mas ao invés disso, dei-lhe um pequeno beijo no topo da cabeça. Ela mexeu-se um bocadinho mas não acordou.

-Amo-te - sussurrei antes de fechar a porta.