A Empregada II

Capítulo Dezoito

Fiquei a noite toda no quarto de hospede em que Marina estava, uma hora ela ia aparecer e eu vou arrebentar a cara dela, pensei que eu tinha ficado mais inteligente com o passar dos anos, mas a cachorra me enganou direitinho. Olhei no relógio e já passava das três e eu sentada na poltrona do lado da janela, não nego que me sinto que nem aqueles filmes de serial killer esperando sua vitima.

Estava quase caindo no sono quando ouço porta ser destrancada, a vejo nas pontinhas dos pés, entrando sorrateiramente no quarto, fico parada a observando,  ela pega sua mala debaixo da cama e vai até o guarda roupa ficando de costas para mim, aproveito a oportunidade e me levanto bem devagar ficando atrás dela.

Ela retira algumas peças de roupas e se vira e o grito que ela deu ao me ver me fez ter noção do quanto assustada ela estava.

_Ai meu Deus Cloe!!!-ela fala colocando a mão no coração.

_Está assustada?- pergunto seria.

_Não, o que faz aqui?- ela pergunta sínica, ela sabe porque estou aqui.

_Me diga você..- deixo a pergunta no ar, ela se afasta tomando distancia de mim.

_Cloe o que você ouviu não passou de um mal entendido, sou sua irmã e nunca faria nada que lhe machucasse.- a mentira fluía da sua boca como se fosse nada, e me deixava com mais ódio.

_Eu lhe dei um teto para ficar enquanto está aqui no Brasil, lhe dei minha confiança, meu carinho e você? O que você fez por mim...Há lembrei, traiu minha confiança, tentou seduzir meu marido, mentiu para mim, me manipulou.

_Pra mim já chega, não vou ficar aqui sendo acusada injustamente, seu marido deu em cima de mim varias vezes e eu sempre neguei, só que quando ele percebeu que você estava desconfiando ele tentou jogar a culpa em mim.. Cloe sou sua irmã!-  eu a olhava ali intensamente, tentando achar aonde eu errei para merecer esse tipo de irmã. Me aproximei dela.

_Jura?- perguntei fingindo acreditar na historia dela

_Sim, ele que é o manipulador está tentando jogar uma contra a outra.- ela fala se aproximando de mim, tentando me tocar, seguro sua mão e á torço, a mesma da um grito de dor._ Me solta Cloe esta me machucando.

_Há jura? isso que você está sentindo não chega nem perto do  que você me fez passar.- torço com mais força, ela se contorce de dor._ Você vai sair da minha casa e vai voltar para  o buraco de onde veio, vai sumir da minha vida, da vida do meu marido, e se um dia eu chegara ver você eu arrebento sua cara.- digo e a solto, ela passa a mão no pulso e dá risada.

_ Você é uma idiota Cloe, se seu idolatrado marido não te traiu comigo, com certeza trai com outra, olha só para você, me surpreendo por ele ainda está com você.- ela fala destilando seu veneno, e não consigo segurar e minha mão acerta de cheio o rosto dela, fazendo um estralo.

Ela vem em cima de mim mas seguro sua mão a tempo antes eu acerte meu rosto, e seguro no seu pescoço e o aperto.

_Eu juro que tentei não arrebentar a sua cara, pensei nos nossos pais que ficariam triste em saber que lhe dei uma surra , mas sabe de uma coisa talvez o que lhe falta é isso, uma bela coça!- digo ainda o sufocando, ela tenta se soltar e arranha meu braço, mais ainda continuou a olhando nos olhos e sentindo tanta raiva e não percebo a porta sendo aberta.

_Cloe solta ela! Você é melhor que isso amor!- Caio aparece atrás dela e me olha, Marina tenta me chutar para conseguir  se soltar, a vejo mudar de cor, então a solto e a mesma cai de joelhos tossindo e tentando respirar. Nesse momento vejo Cristal entrar correndo com um taco, essa menina tem problema.

_ Vou te dar dez minuto para arrumar suas coisas e sair da minha casa!-digo a olhando feio e saio o quarto, ouço Cristal falar algo que não compreendo e vejo Caio sair logo em seguida, o mesmo em acompanha e segura no meu braço.

_ Cloe o que deu em você ?- ele pergunta espantado._ Queria matar ela?

_Não, matar não, eu só perdi o controle.- digo e sinto as lagrimas se formarem no meu nos meus olhos, ele me puxa e me abraça.

_ Ei tá tudo bem!- ele faz carinho no meu cabelo, me sentia péssima.

_ Que ódio, vocês nunca deixam eu dar uma paulada nela!- Cristal passa reclamando o que me faz rir 

_Ela tem que ir ao psicólogo.- digo e Caio concorda rindo.

Fiquei no quarto e antes dos dez minutos ela tinha deixado minha casa, sentir um alivio por não te-lá mais aqui, Caio não saiu do meu lado em nenhum momento, ele sabia que eu não queria conversar, mas sabia que queria estar ali com ele apenas no silencio daquele quarto. Não demorou muito e o sol já tinha surgido e eu não havia pregado o olho e nem ele.

_ Está bem?- ele pergunta depois de tanto silencio

_ Tenho você, então vou ficar-  digo por fim, então respiro fundo e relaxo meu corpo e adormeço em seus braços.

Oi perdoem a demora, gente só terá mais dois capitulo e será o fim da nossa historia. Infelizmente. Então aproveitem. beijão