Bem me quer

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- Por que ela cresceu tão rápido? - perguntou Kalleb, ainda meio confuso, sobre como era essa vida dos humanos.

- É assim mesmo Kalleb. - respondeu Vênus.

- Ela mudou tanto, nem parece minha Aurora.

- Sua?

- Você entendeu.

- Lá vem ela, se esconde. - disse Vênus puxando Kalleb.

- Mais um dia... suspirou Eliza. - Mãe, estou indo.

- Se cuide Eliza.

- Ok.

- Tire essas luvas, minha filha.

- Mas eu nunca tiro.

- Vai assustar a todos.

- Tá, eu tiro. - disse Eliza tirando as luvas. Vou indo.

Ela pegou seu casaco e saiu.

- Por que ela tirou? Ela nunca tira... - perguntou o ceifador.

- Não tem por que ela usar Kalleb.

- Mas, foi um presente.

- Ela esqueceu o trabalho da faculdade! Ela precisa apresentar hoje!

- Ah! Não acredito!

O ceifador foi até a faculdade, mesmo sabendo os riscos, deixou o trabalho que Eliza precisaria em cima de sua mesa.

Ela ficou até tarde na faculdade e foi para casa caminhando, já tarde da noite.

- Calma Eliza... Tudo bem... - cochichou Eliza.

- Oi moça bonita. - disse um ladrão.

- Oi, com licença. - disse com medo.

- Ei, não precisa de tanta pressa. - disse segurando o braço dela.

- Preciso ir pra casa! - respondeu soltando seu braço.

- O que tem na sua bolsa?

- Nada! São só coisas da faculdade!

- Me dá a bolsa! - ele gritou.

- Ok, ok. - disse Eliza entregando sua bolsa.

- Suma daqui. - disse o ladrão, logo depois Eliza correu.

E tudo isso o ceifador observava.

- Você tem certeza que vai aparecer para um humano? - cochichou Vênus.

- Isso não vai ficar assim. - ele estava enfurecido. - Mas isso não vai ficar assim mesmo. - disse se aproximando do ladrão, e permitindo que ele lhe visse.

- Quem é você? Dá o fora. - disse o ladrão.

- Por que você não me dá a bolsa? - disse o ceifador apoiando sua mão sobre o ombro do ladrão. - Eu já tô de saco cheio de toda essa merda, de pessoas como você que não fazem nada da vida, e tiram de pessoas que lutam para ter o que tem, acontece que eu não costumo fazer justiça com as próprias mãos, mas cara você tá pedindo.

- Quem... Quem é você? - o ladrão começou a se assustar, pois sentia como se ele estivesse quebrando o ombro.

- Não me faz perder mais tempo, me entrega logo a bolsa, seu idiota!

- Tá, leva, mas me solta! - gritou o homem.

- E eu agradeço amigo, viu como eu sei negociar? Só quero lembrar que seu ver você respirando perto daquela moça, vamos nos encontrar de novo. Some daqui! - Kalleb soltou o homem e ele foi embora. - Passa um gelinho nesse ombro viu. - gritou Kalleb de longe, estava indo embora.

- O que está fazendo? - disse Eliza, depois de ver Kalleb recuperar sua bolsa.

- Eu... Pensei que tivesse ido embora.

- Quem é você? - perguntou assustada.

InérciaWhere stories live. Discover now