Diário de um suicida

Capitulo 7 - Uma nova esperança.

Achando estar curado da depressão. Certo dia estava bem comigo após ter superado situações que me machucaram, com um emprego bom, amigos novos, a vida fluindo de uma maneira leve e tranquila, onde achei que nada poderia me abalar, a família estava se acertando, foram superados os relacionamentos frustrados, o coração em paz com ele... mal sabia que aquele domingo seria o dia capaz de mudar minha vida por completo.

Era domingo de tarde quando conheci (Helen) de uma maneira bem natural, começamos a conversar, vimos que tínhamos muito em comum e resolvemos sair para conversamos mais e nos conhecer melhor, passados 3 dias saímos e senti um sentimento especial por aquela pessoa, me entreguei por completo a ela, e resolvi que deixaria mais uma vez o amor entrar em minha vida, pois bem foi a pior escolha que eu fiz... sabe aquela frase: Tudo que você faz retorna para você?

Sim ela novamente estava dando sinais e o que eu achei que seria a minha melhor escolha, a pessoa que eu acreditei ser a pessoa que me faria bem, foi a que mais me fez mal, me fez ver o mundo com outros olhos, me fez perceber que a vida é mais simples do que precisamos, que os amores valem mais a pena que os bens materiais, me proporcionou momentos de alegria e de descontração, me deu noites incríveis e dia repletos de carinho e preocupação por querer saber como eu estava, querer cuidar de mim, querer me proteger... eu estava feliz demais com tudo aquilo até o dia em que ela sumiu, sumiu sem dar um tchau, sumiu sem dar um telefonema, uma mensagem, eu não sabia onde lhe procurar, e ai a vida começou a voltar para trás onde eu comecei a entrar em uma profunda tristeza pois tinha perdido a pessoa que estava me fazendo muito bem, que estava me ensinando a viver novamente.

Passados alguns meses ela retorna como se nada tivesse acontecido me dizendo que as coisas iam mudar, me dando esperanças de que agora ficaríamos novamente, mas eu estava enganado novamente , pois era só brigas, era um dia bom e um dia brigando, até o dia que ameacei ir embora de vez e fui impedido com a proposta de que seria diferente, porque não queria me perder. Eu fiquei e de fato as coisas começaram a melhorar.

No dia que completamos um ano fui até ela e descobri a pior sensação da vida, a maior dor que eu poderia ter, a situação que mais me fez mal, a situação que me fez perder peso, abandonar meu emprego, abandonar os amigos, não querer saber de mais nada a não ser se enfiar no quarto dormir e chorar, como se eu tivesse perdido o meu chão, me fez ver que a vida era ruim, que as pessoas boas só sofriam, que as coisas que queremos nem sempre saem do jeito que queremos, que aquela pessoa que acreditamos ser quem nos fará bem só vão nos machucar, me fez desistir do amor, foi quando eu pensei em desistir de tudo mais uma vez, por conta de uma traição e não foi algo que me contaram eu vi, em tempo real ali na minha frente.

Nesse período pós traição me senti a pior pessoa do mundo, não queria comer, não queria sair, não queria trabalhar só queria dormir, só queria ficar sozinho e chorar, até o dia que eu decidi procurar ajuda, pois aquilo não estava me fazendo bem, só estava me fazendo muito mal, fazendo eu perder tudo que tinha conquistado.

Resolvi ir num psicólogo e foi ai que comecei a descobrir o porquê a vida estava me batendo tanto, como os problemas familiares me faziam me sentir mal e ter situações de extrema dor, por situações mal resolvidas do passado, eu estava depositando minhas expectativas nas pessoas e isso estava me fazendo mal, comecei a passar em consultas e fui aliviando a dor, até o dia que cheguei ao ponto de superação, de poder olhar para a pessoa e ver que a melhor escolha foi ela ter saído da minha vida, que não merecemos alguém que não quer a gente, que merecemos ficar com aquela pessoa que gosta de nós e que nós quer fazer bem, que a vida é muito curta para perder tempo com pessoas vazias, que tem sempre alguém a sua espera, sempre terá alguém disposto a te dar o amor que você precisa.

Guardei as lições do psicólogo e comecei a curtir minha vida, coisas que eu não fazia antes comecei a fazer, comecei a sair mais, comecei a escrever, viajar e a cuidar mais de mim, ver que a vida estava passando rápido demais para ficar dentro de um quarto. Que se quisesse mudar precisaria dar chance para as pessoas se aproximarem de mim, eu não poderia me aproximar de alguém pensando na ex e deixando passar aquelas pessoas que estavam dispostas a me fazer feliz, que me diziam querer tentar, e foi aí que comecei a pensar em dar uma chance para quem me procura me dizendo que quer tentar algo comigo.

E a vida é assim um dia estamos super bem, no outro super mal, mas o que não podemos é perder a esperança de que teremos momentos felizes, mas que para isso precisamos nos abrir mais e deixar a porta aberta.