Oportunidades

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Eu queria um nome diferente para a cachorrinha, algo que ninguém escolheria, mas pensei melhor e acho que nomes clichês combinam mais.
Estava em dúvida entre Sol e Lua, mas decidi colocar Sol, pois ela seria, provavelmente, a luz da casa.

_ Eu te batizo Sol. - Brinquei a levantando para perto de meu rosto.

Me levando, a deixando em cima da minha cama para trocar de roupa. Coloco um shortinho jeans de cintura alta, um moletom grande e um tênis de cano alto, penteio meu cabelo e passo um gloss labial. Agora que tenho um animal de estimação, irei viver em um Pet Shop, praticamente.

_ Agora vou em um Pet Shop comprar suas coisinhas - Eu digo a ela enquanto organizo minha bolsa, colocando cartão e chave de casa dentro.

Eu tranco Sol em meu quarto para que ela não bagunçar outro cômodo da casa, saio em direção a porta sem a trancar, já que minha mãe está em casa. Vou em direção ao Pet Shop, enquanto ando pelas ruas, encontro alguns colegas de Ensino Médio, uns já estão casados, outros viciados em droga ou alcoólicos.

Finalmente chego no Pet Shop do bairro, adentro ao estabelecimento e vou em direção ao balcão, esperando ser atendida. O lugar está vazio, e o vendedor provavelmente está na parte exterior do estabelecimento. Logo ele aparece, um jovem que aparenta ser um ano mais velho que eu.

_ Em que posso ajudar?

_ Eu preciso de 1 quilo de ração.

_ Está bem, vou buscar.

Eu escolho uma caminha marrom com desenhos de um cachorro branco com uma roupinha rosa, e escolho um potinho com a mesma cor da roupa do cachorro representado na caminha. Eu também escolho uma coleira, azul piscina.

Volto ao balcão, e pago minhas compras, dando um sorriso de satisfação ao bom atendimento, o vendedor retribuí. Eu ia saindo da loja até que escuto barulho de tiro, o vendedor logo pega o controle da porta da loja e a fecha, eu estava paralisada, então ele me abraça praticamente me puxando pra dentro da loja, me fazendo deitar no chão e proteger minha cabeça, ele fica na mesma posição que eu, poucos centímetros afastado. Os barulhos de tiro renderam até 40 minutos, e nós permanecemos na mesma posição, morrendo de medo. Até que os disparos acabaram, nós esperamos 10 minutos para termos certeza se estávamos seguros.

_ Meu Deus!!- Eu digo chocada me levantando do chão.

_ Calma, vai ficar tudo bem - o jovem me abraça tentando me acalmar e eu retribuo o abraço, mas estava tão chocada com tudo isso que nem reparei que estávamos muito íntimos para simples estranhos.
  
_ Aqui não costuma ser perigoso, por que isso do nada? - Eu pergunto me separando dele e me apoiando na mesa do escritório.

_ Talvez seja policiais tentando prender criminosos, não sei.

_ Ai meu Deus, meu pai não está em casa!!- Eu digo tentando segurar o choro, que é incontrolável na situação que eu me encontrava.

_ Tá tudo bem, eu prometo- Ele diz me virando pra ele e apoiando suas mãos grandes em meus ombros.

_ Espero que sim. - Eu digo dando um sorriso de lado, calma S/N, antes de qualquer coisa, lembre-se que existem gentilezas.
 
_ Acho que acabou.

_ É... Eu vou embora agora.

_ Espera, não quer uma carona?

 _ Eu adoraria.

 Nós saímos pelo fundo e fomos em direção a seu carro, um carro simples, mas logo que entrei, senti que era o mais aconchegante que eu já havia visto, e tinha a personalidade do dono em cada canto. Eu dei o endereço da minha casa e ele parou na porta, e ficamos nós olhando por um tempo até que ele quebra o silêncio.

LOVE IS A LIE- Park JiminWhere stories live. Discover now