Capítulo dois

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— Mas que mer... — Margot gaguejou, assustada por ter uma arma apontada para sua cabeça.

— Eu sabia que ela ia mandar alguém atrás de mim! — Ele disse com um meio sorriso triste. — Foi a Joyce que te mandou, não foi? — Ele perguntou, e Margot apenas assentiu. — Eu sabia! Aquela mulher é uma falsa! Joyce que faz a merda e, com medo das provas que eu tenho contra ela, manda que alguém faça o trabalho sujo!

— Do que você está falando?

— Não vai me dizer que ela não te contou? — Ele indagou com sarcasmo. — Pensei que isso era necessário para seu trabalho.

— Eu não costumo saber sobre o porquê das pessoas me procurarem. — Ela respondeu, levantando o queixo. Ela era uma assassina de aluguel, mas não aceitava que ninguém a maltratasse pelo que fazia.

— Então, querida Margot, você deveria saber que foi enganada e que está prestes a matar um inocente.

— Como posso saber se está falando a verdade? — Margot perguntou com a arma firme em suas mãos. Ele podia muito bem a estar enganando para fugir de seu fim.

— De duas maneiras... assim... — Andrew começou a falar de maneira calma e colocou sua arma aos pés da jovem. Retirou o celular do bolso. — E te mostrando os arquivos que tenho em meu celular e que provam que Joyce não é nenhuma santa. — Completou e esperou por uma reação de Margot.

Ela ponderou por alguns segundos.

Ela matava pessoas para viver, mas não tinha um coração ruim, apenas falta de sorte. Se aquele cara estivesse falando a verdade, ela não queria ser responsável pela morte de um inocente.

Foi por isso que, pegando a arma dele do chão e guardando a sua, ela disse:

— Me mostre esses arquivos.

Andrew teve que se segurar para não suspirar alto demais. Ele mal podia acreditar que ela estava lhe dando uma chance, mesmo sabendo que talvez ela o matasse mesmo assim... bom, não seria tão ruim assim, afinal ao menos a sua carrasca era extremamente bela.

Ele começou a passar pelos arquivos que mostravam todas as conversas entre ele e Joyce Carter, quando a esposa de seu melhor amigo, o magnata do petróleo Matthew Carter, tentava a todo custo o chantagear para que Andrew não contasse a ele sobre o gigantesco roubo que ela havia feito nos cofres da empresa.

Além disso, ele possuía cópias de documentos que provavam que ela estava deixando o marido na ruína.

— Mas por que ela está fazendo isso?

— Pelo que pesquisei, a família de Matthew esteve envolvida em um acidente que tirou a vida do pai de Joyce, e ela quer vingança.

— Eu meio que a entendo... — Margot começou a falar, mas foi interrompida por barulhos de tiro. — Que merda é essa? — Exclamou em meio ao susto enquanto Andrew a puxava para o chão.

— Ela mandou mais alguém! — Andrew disse, olhando para o carro que vinha do fim da rua em direção a eles. Um dos passageiros atirava na direção dos dois.

Margot pegou a chave do carro no pequeno bolso interno em seu terno e o destravou.

— Entra logo. — Ela gritou para Andrew, que abriu a porta de trás e entrou.

Margot abriu a do motorista e entrou também. Seu carro era à prova de balas, afinal era uma coisa fundamental em seu trabalho.

Enquanto o carro se aproximava mais e mais, Margot preparou sua Glock 17, apenas para o caso de necessidade, e arrancou com o carro, porém os atiradores do outro carro não desistiam e logo ficaram na cola dos dois.

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