::: Capítulo 8 :::

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::: Capítulo 8 :::

"Todo mundo que você encontra está lutando uma batalha sobre a qual você não sabe nada. Seja gentil sempre."


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: 25 de maio de 2020 :

_ Não acredito que você vai continuar me recusando na cara dura - Mia resmungou quando a aula de educação física acabou.

Ana coçou a cabeça e desviou o olhar para o relógio em seu pulso, já estava na hora de buscar o Teddy.

_ Desculpe, Mia, mas eu não posso mesmo.

_ Leva o Teddy, ele é um amorzinho - insistiu a outra.

Ana se virou para a mesma e segurou firme a mochila em seu ombro, não daria tempo de trocar de roupa, a aula acabou mais tarde e ela precisava buscar Teddy sem atrasos.

Não era porque seu tio não estava por perto que ela não sentia a presença dele lhe dizendo com rispidez e uma calma controlada: sem atrasos.

_ Eu vou pensar - disse apenas para Mia para de insistir.

_ Sério!? - a garota deu um pulinho de alegria e surpreendendo Ana a abraçou.

A morena continuou paralisada, sem saber o que fazer ou o que sentir, era estranho de qualquer forma, até que Mia a largou e a garota pôde voltar a respirar.

_ Ta', tchau - Ana falou e então se virou em duração ao estacionamento sem esperar resposta.

A garota buscou Teddy na creche e o levou direto para casa, trancando a porta principal assim que entrou e levando o menino para o quarto.

Às vezes Jack fazia aquilo, passava uma noite fora, deixando Ana e Teddy sozinhos em casa, deixando a garota ter uma noite respirando. No começo era como uma coisa que Ana ansiava, mas depois de um tempo se tornou uma noite comum. Mesmo com Jack longe, ela não tinha nem um mínimo de coragem em não fazer tudo o que ele queria.

_ Mama - Teddy resmungou com o seu patinho de borracha na boca.

Ana o havia colocado na banheira de seu quarto, depois do jantar, e sentou ao lado com o livro de literatura que a Prof.ª Talbot pediu para ler para o semestre.

Mama..

Aquela era uma das coisas engraçadas e inteligentes em Teddy. Ana nunca ensinou o menino a chamá-la daquele jeito, mas provavelmente com tantas desenhos que via, Teddy simplesmente a escolheu daquela forma, afinal, ela cuidava dele, o amava incondicionalmente. Ela era sua mãe. A garota não se opôs, gostava daquela dependência que sabia que Teddy tinha sobre si. Era o importante de tudo, era o que a mantinha ali, de pé.

_ Oi, amor - a morena deixou o livro de lado e se virou para o bebe que agora sorria para si com seus tres dentinhos.

Era isso: atenção. Teddy era mimado ao extremo e gostava de atenção máxima sempre.

_ Eu estou aqui - ela sussurrou para ele, fazendo um carinho em seu cabelo molhado.

La embaixo a companhia tocou duas vezes seguidas, e Ana franziu o cenho imaginando quem era.

50 Tons de Uma CicatrizWhere stories live. Discover now