Capítulo 1

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"Não sei porque, mas sinto que posso confiar em você!"
Felicity Smoak


Felicity se forçou a sair da cama. Ela não dormiu por nenhum minuto sequer. A notícia de que seu pai estava morto foi avassaladora, ele era tudo o que ela tinha. Sua única família, e mesmo com todos os defeitos ela o amava. 


A jovem garota de 19 anos não tinha a mínima ideia de que seu pai era absolutamente abusivo, ele a subjugava e a tratava como um estorvo. Desde pequena a loirinha tímida, de óculos e aparelho ortodôntico, sem nenhuma amiguinha se refugiou nos deveres de casa, nos livros e nos aparelhos eletrônicos. Sempre teve uma facilidade incomum de solucionar problemas matemáticos e nas atividades envolvendo tecnologia. Agora ela tentava unir algumas palavras para se despedir de seu velho pai. O velório começaria em uma hora, a funerária ligou dizendo que preparariam tudo, ela apenas precisava "abrir a casa".

⁃ O senhor Queen nos contratou e pediu que tudo esteja impecável para a despedida do seu pai. A atendente da funerária disse a Felicity, pelo telefone.

As causas da morte de Noah não foram divulgadas. Apenas Isabel, secretaria dele informou que fora baleado, sem dar mais nenhum detalhe.

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Algumas pessoas circulavam pela casa e desejavam à ela pêsames, o caixão estava fechado, disseram que o rosto de Noah não estava apresentável. Felicity começou a reparar que todos ali estavam mais preocupados em comer e especular as causas da morte, do que realmente prestar condolências. Algumas mulheres circulavam em vestidos caros e saltos altíssimos enquanto ela usava um vestido midi preto com um cardigan em uma cor feia de cinza escuro, as sapatilhas eram confortáveis, seus cabelos loiros presos no tradicional rabo de cavalo e os inseparáveis par de óculos. 

Nada disso importava para ela, seu coração estava despedaçado. Ela era uma garota órfã agora. Apesar de ser um prodígio na universidade, seu pai nunca permitiu que ela trabalhasse, nem mesmo no estágio. Todos que falavam com ela eram completos desconhecido, Felicity não tinha amigos.

Ela se sentou ao lado do caixão e lá ficou por todo o tempo, a casa ia gradativamente esvaziando, ao contrário de sua cabeça que ficava mais cheia e confusa a cada segundo. O que ela faria agora? De repente alguns homens entraram na sala e se posicionaram em fila, cinco homens enormes, parecidos com armários. Vestiam ternos pretos e tinham o semblante duro. 

As poucas pessoas que ainda estavam na casa observavam a cena com curiosidade, então ele passou pela porta! Seus olhos azuis focaram o caixão que estava no meio da sala. O homem andou em passos firmes, seu terno e sapatos caros contrastando com seu semblante um tanto abalado.

Felicity reconheceu o chefe de seu pai, mais pelas capas de revista do que qualquer outra situação, ela raramente participava de algum evento ou algo que a fizesse socializar minimamente com as pessoas do convívio de seu pai.

Oliver Queen tocou o caixão com uma mão e seu olhar transmitiu tristeza. Depois de alguns segundos ele olhou em volta até localizar Felicity, andou até ela com um pouco mais de suavidade.

⁃ Felicity, meus sentimento mais sinceros. Seu pai era um grande homem. Oliver falou estendendo a mão para a garota. Ela deixou que a mão grande dele circulasse seus pequenos dedos e apertasse com suavidade.

⁃ Obrigada senhor Queen. Ela disse em um murmúrio. Se sentiu intimidada pela presença e beleza do homem.

⁃ Deixe-me saber se houver algo que possa fazer por você. Ele disse soltando a mão da garota. Ela apenas acenou com a cabeça.

Meu Tutor - Olicity Onde histórias criam vida. Descubra agora