Aqui jaz uma suicida

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Aqui jaz uma suicida
Ela sangrava
E você dizia que eram cores
Ela dizia estar bem
E você, como um tolo acreditava
Você via, mas simplesmente não observava

Com o próprio sangue ela escrevia versos de amor
Usando suas lágrimas como a tinta de suas pinturas
Transformando a melancolia em melodia
Criando arte com a dor
Mascarando a verdade e sufocando o próprio ser

Mas de tanto esconder
De tanto fingir e ninguém ver
Ela não suportou
A máscara caiu
A bala engatilhada
Agora alojada em seu interior

- Graziella Santos, 2019

Alter ego: o outro eu Where stories live. Discover now