2. SECRET ROOM

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Depois das primeiras semanas mais conturbadas da minha história estudanttil finalmente o fim de semana chegou e a paz de saber que não vou ver Jeon é grandiosa mas pensar que não vou fazer absolutamente nada nesses dois dias é desanimador. Minha avó não está na cidade e eu estou por minha conta já que os empregados foram dispensados.

Entro no escritório e procuro pelas chaves sótão que está trancado mas não as encontro, minha avó me disse que essa casa é tão velha quanto ela e que eu poderia achar todo tipo de coisa por ela se eu procurasse e fiz disso um caça tesouro mas o tesouro é um esconderijo para mim e minhas pinturas mas está sendo mais difícil do que procurar agulha num palheiro.

Ando até os fundos da casa e olho para as janelas do sótão sujas e empoeiradas, reviro os olhos em frustração e entro procurando mais uma vez nos quartos até entrar em um no andar de cima que mais parecia uma sala de jogos, era todo azul e muito bonito mas nada do que eu precisava olhei por todo o lugar procurando as chaves do sótão e acabei esbarrando em um cadelabro estranho que não combinava nem um pouco com a decoração moderna que a avó tinha feito naquele lugar, tiro o candelabro de onde estava o analizando e ouço um ranger de porta atrás de mim.

Droga vovó, era disso que estava falando? Entro no lugar empoeirado e noto algumas garrafas de bebidas bem velhas e algumas caixas com papeis tambem, algumas prateleiras vazias e uma escrivaninha. Era um escritório secreto mas a avó provavelmente não sabia dele pois o mesmo não parece ter tido visitantes a décadas e provavelmente ela o teria reformado o pintando com uma cor chamativa.

- Achei meu lugar! – indaguei sozinha. Estava feliz mas teria um pouco de trabalho para arruma-lo.

Demorou a limpar tudo tirando toda a poeira e logo quando termino coloco minha coisas lá sem mudar muita coisa volto a fechar o lugar trazendo comigo a caixa com papeis dentro, não havia nada demais naqueles papéis além de algumas instruções para alguma coisa mas não dizia do que, joguei a debaixo da cama e voltei ao lugar secreto.

...

Logo chega segunda e estou bem mais tranquila sobre os acontecimentos, tem sido semanas intensas desde que eu tenho tentando fugir de qualquer conversa com ele, eu definitivamente me precipitei em achar que ele sabia algo de mim, provavelmente as palavras dele só fizeram sentido para mim nem ele mesmo entendeu o que escreveu, ele não pode saber da minha condição mas de qualquer forma tenho mantido distância de todos a minha volta tentando ao máximo ficar despercebida entre todos aquelas adolescentes.

E parece que eu finalmente virei o assunto batido na escola, todos parecem falar de outra coisa e nem reparam na minha presença. Acabo por ouvir algo sobre uma aluna da escola ter se suicidado, pelos detalhes que as garotas perto do meu armário falam sobre a garota parece que ela era bem popular.

- Como será que o Jungkook está? espero que ele não esteja se culpando

Uma delas diz e me deixa atenta sobre o assunto, por algum motivo ao ouvir o nome do Jungkook o assunto me interessa e continuo a ouvir.

- Por que ele se culparia? Ela não se matou porque eles treminaram, eu ouvi que ela o estava o traindo

- Eu também ouvi isso mas não acredito que ela tenha feito, ela parecia tão apaixonada.

- Oh, é ele! O Jungkook!

Acabo me virando inconscientemente para vê lo. Totalmente diferente desde a última vez que eu o vi, seu cabelo castanho escuro agora esta num vermelho brilhante com um corte bem mais curto também. As garotas estão de boca aberta babando por ele quando passa no corredor e o mesmo sempre sério andando como se não tivesse ninguém ali, me vi como Jungkook no meu primeiro dia com todos aqueles olhares mas eu odiei já ele não tenho tanta certeza..

Entro na classe e sento no meu lugar habitual, a classe está inquieta falando sobre a garota morta e o novo visual de Jungkook.

Como se não pudesse piorar ele senta ao meu lado mas se mantem calado o dia inteiro, talvez esperando que eu fosse falar com ele, bem eu nao irei.

...

Pelo resto da semana sou ignorada pela escola e a sensação de liberdade é maravilhosa, ninguém me olha ou diz nada sobre mim e finalmente sou invisível nas aulas também. As investidas da única pessoa que eu tive algum contanto pararam e agora sinto que ele está me evitando.

Percorro a biblioteca da escola quase vazia e pego alguns livros para passar o fim de semana, tudo ia bem até alguém esbarrar em mim.
Uma figura desconhecida começar a rir e se desculpar pelo ocorrido e ao olha lo sem expressão o mesmo junta meus livros rapidamente.

- Desculpe, estava completamente distraído. Está tudo bem?

- Sim

- Eu não conheço todo mundo dessa escola e estou longe disso mas tenho certeza de nunca ter te visto por aqui antes

- Eu sou nova. – que clichê, uma cena piegas como essa acontece justamente comigo?

- É imaginei. Sou Jung Hoseok

- Kim HyunBi

- É um prazer, bem tenho que ir mas te vejo por ai -Ele se apressa em sair da biblioteca mas antes da um último aceno. – Isso pareceu tão ensaiado que me constrangeu, será que ele estava escondido atras de uma prateleira esperando o momento certo para derrubar meus livros? Não, estou pensando demais. Riu da minha paranoia e volto ao balcão.

E espero mesmo que não nos vejamos por aí. As pessoas normalmente tendem a acolher pessoas novas em seu circulo de amizade mas isso está bem longe do meu objetivo de ser invisível aqui.

...

Ao chegar em casa, minha avó esta no sofá aparentemente me esperando.

- Oh olá Bi, venha aqui por favor.

- Sim.

- Bem não é surpresa sobre o que vamos conversar, sente se. -faço como ela pede e espero ela falar - Sabes que te dei condições para vir morar aqui não é? Bem, falei com uns amigos e me passaram o numero de um psiquiatra e marquei uma consulta.

- Oh -estou surpresa com a pressa dela em me levar a alguém se sua confiança visto que ela não acredita na minha mãe sobre eu estar medicada pelo meu problema.

- É amanhã. Tudo bem por você?

- Sim, claro avó. – Não vejo problema nenhum nisso, eu até me sinto melhor com ela se preocupando comigo então não faço disso um grande caso.

- Ok então eu vou te passar o endereço e o horário, não vou poder te levar, desculpe.

- Não tem problema, sei que é ocupada e isso meio que é minha obrigação já que foi uma das suas condições.

- Que bom que entende, querida. Eu já vou indo dormir pois amanhã saio bem cedo, estava só esperando você chegar.

- Ok boa noite Avó

- Não deixe de jantar. -ela diz ao sair da sala

Deito no sofá encarando o teto escuro da sala de estar

Tudo na minha vida tinha sido um desastre desde que eu me lembre e agora... bem, eu amo como tudo tem saído perfeitamente bem aqui, só espero que continue assim...

Lost • jjk Onde histórias criam vida. Descubra agora