Meio...Part. II

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Encontre a tua caixa, Pandora...

- Como encontrar minha caixa? Corro os olhos pela biblioteca de forma pensativa. Me levanto e vou andando de um lado ao outro, fazendo pequenos ruidos no assoalho, de alguma forma isso me ajudava a pensar.

- Laboratório de Ciências! Como num estalo, me recordo dele e saio correndo.

Sigo para o laboratório, onde a porta dessa vez se encontra aberta. Interessante seja quem for, observa tudo.
Tateio a parede a fim de encontrar o interruptor, assim que acendo a luz, passo os olhos tendo uma visão geral da sala, balcões brancos, paredes cinzas, com cortinas na cor azul escuro, uma das paredes é fechada por uma pia grande que se estende de um lado a outro. Cada balcão tem um pequeno kit com utensílios para experiências, além de pranchetas, canetas e em alguns balcões marca textos coloridos.
Suspiro e entro, vou passando ansiosa, balcão por balcão, forço os armários de ferro que ficavam contra a parede da pia, mas se encontram fechados, contínuo andando com olhar atento até que noto uma caixa, pequena e dourada, apoiada em um béquer no último balcão da sala, chamando minha atenção.

Abro a caixinha, sem qualquer cerimônia. E não há nada dentro.
Olho ao redor da sala, confusa e um tanto desesperada afim de encontrar uma nova caixa, porém não vejo nada.
Volto meus olhos para caixinha, com mais atenção, percebo dentro da tampa da caixinha, um bilhete azul, que logo dizia:

" Os Males desta caixa não se podem materializar

As escolhas que você fizer, poderá de fato, a história mudar"

Por um momento, um sentimento de raiva e agonia crescem em meu peito, um sentimento de inutilidade, essa raiva me faz querer desistir de algo que nem sei o quê é.

- Afinal, por quê eu estou seguindo esses enigmas ? Cansei! Toda hora isso. Se eu estou curiosa, vou achar esse tal Ulisses à minha maneira! Suspiro, apagando a luz e saindo da sala.

४०॰०॰०॰०॰०॰०॰०॰०॰०॰०॰०४

As escondidas, me encontro na sala da diretora, procurando entre os arquivos o tal Ulisses.
Estou na quinta pasta e nada de encontrar o indivíduo em questão, será que eu vou que por livre e espontânea obrigação, vou ter que seguir esses bilhetes azuis?
De repente, a maçaneta da porta começa a girar, entro em completo desespero! Como vou explicar à diretora o quê faço aqui?

Coloco-me de pé, tento rapidamente organizar as pastas que eu havia retirado da gaveta, tento olhar ao redor e pensar em um motivo para eu estar ali. As paredes num tom rosé, o assoalho em madeira fazendo com que eu ouça meus próprios passos me dão uma sensação de que a qualquer momento alguém abrirá a porta e eu não saberei o que fazer, olho a janela levemente aberta, noto que é de baixa altura e que sai num pequeno jardim do pátio, na parte aberta. Pensando no pior, abro mais a janela e volto a caminhar pela sala... não sei o que fico esperando, mas algo não me deixa simplesmente pular para fora.

Fico de frente para a mesa da diretora, olhando como quem não quer nada, uma única pasta na mesa. É do terceiro ano I. Turma 2018. Vou descendo pela chamada e Lá está Ulisses Coimbra. Será que é ele? Posso procurar no prontuário e...- Sou interrompida quando a maçaneta da porta volta a ranger e rodar. A porta se abre e eu sinto meu coração parar por um segundo, a sombra de uma pessoa alta se apresenta antes da mesma aparecer. E em um momento de desespero me encontro sobre o parapeito da janela, pronta para pular, mas meu corpo parecia esperar algo, não sei por quê , mas não conseguia simplesmente ir. Ao ver cada vez mais próximo o indivíduo, tomo o controle e descido pular....

O Mistério Do bilhete AzulWhere stories live. Discover now