Next stop, Canadá!

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O despertador vai tocar a qualquer momento. Fiquei acordada quase a noite inteira, rolando na cama, olhando para o teto, repetindo para mim mesma que tudo vai dar certo, já comi todas as minha unhas, e a qualquer momento vou acabar comendo meus dedos também. São quase 11 da manhã e minha mãe já está gritando feito louca pela casa, provavelmente só para me acordar.

Sim, eu durmo muito.

"SAMANTHA, JÁ SÃO QUASE 13:00 DA TARDE" - Ouço minha mãe gritando do andar de baixo, me fazendo rir, por ela estar sendo tão dramática a essa hora da manhã.

"Já levantei mãe, vou tomar banho e verificar minha mala novamente." - Grito ainda mais alto, para que ela pare de berrar por todos os cantos da casa.

Depois de quase meia hora embaixo do chuveiro, pensando e repensando em todos os meu planos para Stratford, saio enrolada do chuveiro e vou ao meu closet. Optei pela roupa mais casual possível, já que só tenho moletons e roupas básicas. No final de tudo acabei colocando um moletom preto com uma calça justa rasgada e meu querido vans. Tenho certeza que minha mãe vai surtar por isso, e eu como sempre só vou rir e falar pra ela tirar a ideia que, eu jamais vou colocar um salto e um vestido justo no meu corpo.

"SAMANTHA, NÃO VOU CHAMAR DE NOVO! DESÇA LOGO." - Novamente ela está gritando feito uma louca e eu acabo rindo do desespero dela.

"To descendo mãe" - Digo.

Ouço outras vozes vindo da cozinha, e ao me aproximar, reconheço e sorrio.

"Finalmente seu dia chegou!" - Ashley histérica – como sempre é –, vem aos gritos me abraçar.

"Realmente, nem acredito que isso realmente está acontecendo." - Digo largando minha amiga de um abraço quase sufocante.

"E aí, Steph. Não está feliz que finalmente vai se livrar da chata da sua amiga?" Digo com um sorriso de orelha a orelha, fazendo Stephanie virar os olhos.

"Ah, com certeza estou feliz" - Steph declara, com os olhos marejados.

"Então meninas, vamos?" - Minha mãe fala, e vejo o quão ela está empolgada.

Chegando no Aeroporto, vejo que minha mãe já tem lágrimas em seus olhos.

"Mãe, qual é. Já conversamos sobre isso e não está me ajudando ver você chorar desse jeito" - Digo ao me aproximar dela.

"Eu sei, Sam. Você sabe que aquela casa vai ser um saco sem você, e seu pai falou para você ligar pra ele assim que pousar." - Diz me abraçando como se fosse a última vez que iria me ver. "Faça uma boa viagem, divirta-se e seja educada com o pessoal lá, eu amo você" E foi nesse momento que eu não aguentei e cai em lágrimas junto com ela.

"Amo muito você, mamãe. Prometo vir assim que puder, vou ligar todos os dias para você." - Assim que termino de falar, meu voo é chamado.

Então é isso... Adeus Seattle e olá Stratford, Ontário.

HORAS DEPOIS

Depois de tantos anos planejando meu futuro, finalmente estou aqui. Ficar dois anos morando na casa de alguém que não conheço é uma ideia louca e estranha ao mesmo tempo. Entrei em contato com a dona da casa algumas vezes, ela é um doce e está super animada com a minha chegada. O marido dela é o típico "amo minha família e acima de tudo irei protegê-los", eu acho isso fantástico. E ele mencionou uma vez que está ansioso para minha chegada.

A HÓSPEDE [EM REVISÃO]Where stories live. Discover now