| C A P Í T U L O D O I S |

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| CAPÍTULO DOIS |

ANDREY NIKOLAI

Olho atentamente em volta e me surpreendo pelo fato do apartamento ser bem simplesmente, pequeno e em um bairro não rico.

— Pode parar com essa pinta de segurança por um segundo. — Olho na direção da voz e vejo Violetta, entrar na pequena sala vestida uma blusa longa que vai até metade de suas coxas, cabelo preso em um coque mal feito e completamente sem maquiagem.

Sim, ela mudou demais.

— É meu trabalho protege-la. — murmuro desviando o olhar para qualquer coisa que não seja ela.

— Não à perigo aqui, escolhi esse bairro justamente por ser seguro e longe da civilização rica da Rússia. — ela anda até ir balcão que separa a cozinha da sala e novamente abre a boca. — Está com fome? Posso fazer algo para comer. — ela sabe cozinhar?

— Não, obrigada senhorita.

— Pode se sentar Andrey, não precisa ficar em pé feito uma estátua. — diz pegando uma uva em uma bandeija cheia de outras frutas.

Sento a uma certa distância do balcão, ela me observa por alguns segundos.

Porque tudo que esse garota faz agora, me deixa tão…nervoso? Já tive diversos clientes e muitas eram mulheres linda e extremamente atraentes. Porque ela em especial me deixa assim?

— Seus pais não vão gostar de saber sobre o apartamento, e muito menos, onde ele se encontra. — Os pais de Violleta são um tanto mesquinhos em relação a pessoas com um nível social inferior, só tratatam bem a mim, meus seguranças e seus funcionários da casa e da empresa, porque servem a eles.

— Sou uma mulher e sinceramente não me importo com o que digam, comprei esse apartamento com o dinheiro que ganhei do meu estágio que fiz em Paris sem eles saberem, se eu tivesse usado o dinheiro deles, ja saberiam do apartamento e de alguma forma, quero ter algo que conquistei sozinha. — conclui com orgulho.

— A sensação é boa, ver os frutos do nosso trabalho e esforço. — murmuro, ela se aproxima e se senta no sofá para três pessoas com as pernas esticadas, enquanto eu me mantenho na poltrona.

— Sei que você é meu segurança, mas acho que se fomos amigos isso vai ser bem melhor.

— Srta. Petrov isso...

— Por favor Andrey. Todos os amigos que tenho, tem os mesmos pensamentos que os meus pais, já com você eu posso ser eu mesma e isso é muito bom. Quer dizer...Eu acho que posso ser. — respiro fundo me dando por vencido.

— Posso perder meu emprego assim.

— Na frente deles podemos agir diferente ok? Como por exemplo, agora que estamos sozinhos pode me chamar de Violleta.

— Tudo bem.

— Tenho uma dúvida.

— Sim. — digo, um pouco apreensivo com o que ela vá pergunta.

— Não é casado, parece viver com esse terno e gravata, você não vive?

— Sou um homem reservado, não sou mulherengo e não, não sou casado e nunca pensei nisso, não por que eu não queira e sim porque nunca namorei ou encontrei alguém que me fizesse por tais pensamentos em minha cabeça e não, não vivo de terno e gravata.

— Sua vida realmente parece ser extremamente chata, e olha que você tem a liberdade de fazer o que bem entender, sem ter pessoas ao seu redor esperando o seu melhor o tempo todo.

DEGUSTAÇÃO - ANDREY - Trilogia Amores ProibidosOnde histórias criam vida. Descubra agora