O último encontro

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   E então, como quem não quer nada ela se aproximou. Eu tremia feito um Pincher, meu coração estava a mil por hora. Não esperava que ela viesse daquela forma, tão bela quanto uma gélida noite de inverno.

   — Vamos indo? – Perguntou. – Já está na hora.

   — Mas ainda é cedo. – Respondi.

   Ela sorriu, e de uma forma tão vagarosa e delicada, pôs sua mão fria e aconchegante como uma brisa a meia noite sobre meu rosto.

   — Querido, sabe que não é verdade. Não complique as coisas.

   — ...Tem razão.

   Nesse momento, o silêncio pairou sobre o ambiente. Em um súbito beijo pude saborear aqueles lábios glaciais, tão vermelhos quanto o sangue.

   Meu coração, tão feio e tão pobre se calou com o beijo da morte.

O último encontroWhere stories live. Discover now