Lauren caça seres sobrenaturais desde que tragicamente perdeu seus pais, nunca se aliou a nenhum deles, mas quando uma sedutora vampira faz uma proposta irrecusável trazendo a tona segredos que podem mudar a sua vida, Lauren precisa decidir o que é...
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Chovia sangue por toda a campina enquanto a guerra caminhava. Guerra? Não. Guerra significa dois lados com força igual indo um contra o outro. Naquele caso havia sido como esmagar formigas. Havia sido cem contra uma. E ela, Lauren, foi a única lutadora do seu exército.
A Lycan descansou no telhado da cabana, observando o passo da nova leva dos soldados do maldito Drácula, confiantes não viram o lobo em uma pose imponente de ataque, a confiança se esvaindo quando notaram que a culpada por aquele extermínio estava logo acima deles pronta para atacá-los. Ela nem ao menos havia se transformado. Estava cega de ódio. Mas por um segundo parou. Travou com as emoções a flor da pele. O olfato aguçado sentiu o cheiro que a perseguiu durante toda sua vida desde que se encontraram a primeira vez. Cheirava a rosas. Rosas recém-colhidas.
Seu coração respondeu aquilo escoiceando contra seu peito. Ela sabia de onde vinha, sabia a quem pertencia. Esperou por aquele momento por muitos anos para não saber com tudo de si que a hora que ansiou naqueles anos de dor e tormento enfim chegaria.
Balançando as pernas sobre a borda do telhado, ela deu um sorriso cruel, o ar esvoaçando os fios perfeitos do seu cabelo escuro, a vampira que liderava o ataque virou-se sem conseguir esconder o rastilho de surpresa, que sumiu um segundo depois de sua face perfeita.
Imaculada, nem um só dia havia se passado no seu rosto. Bela como uma moldura, decorado por um artesão perfeccionista. A mesma mulher que tinha te tirado tudo, até a sanidade.
- Por que está tão surpresa? Certamente você não acreditou que eu seria morta por essas coisinhas insignificantes, não é?
A vampira sorriu, colocando lentamente a mão contra a cintura. O antigo punhal que carregava para todos os lados brilhou, refletindo a luz da lua, preso em sua cintura.
Lauren pulou para baixo, certificando-se de bater sua bota no crânio do vampiro morto. O ruído doentio fez alguns vampiros recuarem. Mas a vampira se manteve no mesmo lugar.
Seu silêncio a deixou brava. O ódio em seu peito convulsionou sua raiva contra ela.
- Você achou que eu nunca iria te encontrar? - Seu sorriso frio se alargou até que seus caninos estavam visíveis.
A vampira desviou os olhos vermelhos para Lauren e sorriu. Um pequeno sorriso que em nada combinava naquilo que ela via em seus olhos. Solis tinha medo, e culpa em cada lugar daquele rosto.
Lauren se moveu devagar, os vampiros partiram para o ataque. Ela moveu-se tão rápido que parecia ser um borrão, cortes tão limpos que a linha não era visível até que as cabeças e membros desabasse.
Sangue encharcou o chão, tornando o solo vermelho mais uma vez. Mas Lauren estava limpa, nem ao menos uma única gota de sangue sujando sua pele. Então, por que ele se sentia tão suja? Por que ela se sentia tão maligna?
Restou apenas Solis, a vampira retirou o punhal da cintura e colocou no chão, erguendo as mãos em rendição. Lauren a odiou mais uma vez, seria mais fácil acabar com ela quando estivessem no meio de uma luta, jamais desejou que acabassem daquela forma.
