Sem Nome

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Sabe, aquilo foi algo normal de ter acontecido. Coisas assim acontecem. Mas, é claro. Não algo que aconteceria comigo, não seria normal. Claro que não. Parecia ser um sonho, mas não era. Não era nem um pouco. Eu tentei me beliscar algumas vezes, e o fizera tão forte que sangrou um pouco. Aquilo me deixava ansiosa, e a sala parecia ficar cada vez menor que mal conseguia puxar o ar para dentro do meu corpo. E a pressão que descia junto à lembrança que eu tinha claustrofobia deixava tudo pior. Eu podia ter saído dali, até tinha bolado um plano em minha pequena mente, mas só teria me dado mais culpa por tudo aquilo e iria apenas piorar. Havia acontecido de verdade com toda a certeza do mundo e eu tentava certificar-me disso, mas, ao mesmo tempo, não parecia real. Os homens de trajes estranhos, mas que todos reconheciam, entraram na sala novamente. Não tinham ido para me interrogar, e sim para me levar. Fuja. Uma voz no meu subconsciente dizia. FUJA. E eu queria fazer isso. Mas era minha culpa, e tinha todo o direito de ser levada. Merecia isso. Mas minha mão, em um ato incontrolável, se fechou em punho e socou um dos homens. Eu não pensava direito, a adrenalina corria rapidamente pelo meu interior. Peguei a arma. Isso não é certo, nem um pouco certo mas...

A arma disparou.

Textos Que Nunca Serão TerminadosOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz