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Jasmine Pov

   Continuei na praça esperando o Falcão, Loma falou que ia junto pra quebrar a cara dele, ela acha que não sei que virou amiguinha dele também. Vanessa já falou pra eu sentar e nele e nunca mais sair de cima o que nos fez rir.

- Olha lá as queridas. - Vanessa falou - Acreditam que ela ficou mandando mensagem pro Marlon?

- Quer perder o cabelo de novo. - Loma falou - Comigo não se cria mais, ai do Tk se eu souber de algo.

- Estou tranquila. - falei ouvindo o som do carro do Falcão - Minha carona.

   Me levantei ajeitando o blusão e ele desceu do carro vindo pro meu lado, deu um beijo na minha bochecha e abriu a porta do carro pra mim me fazendo encará-lo surpresa. Entrei vendo ele dar a volta e entrar fazendo a manobra.

   Ele fez o caminho devagar o que me fez encarar ele já que com ele é sempre na adrenalina, peguei ele por duas vezes olhando pra minha barriga, senti sua mão na minha coxa e fez carinho de leve, estranhei quando passou da casa dele e continuou o caminho.

- Vai me levar pro barraco do abate? - perguntei ouvindo sua risada e sorri - Tá me levando pra onde?

- Tu vai ver. - falou e parou em frente a uma casa que viemos a um tempo.

   Vi o Picolé e o Cubo pararem duas casas antes junto com quatro caras, desci do carro seguindo o Falcão que ao invés de ir pra piscina entrou na casa, fui atrás vendo tudo arrumado e com móveis novos.

- Se mudou? - perguntei e ele fechou a porta.

- Ainda não. - falou subindo a escada - Vem comigo.

- Quer estreiar o quarto novo comigo né? - perguntei fazendo ele parar e me olhar - Vou logo avisando que só de ladinho.

- Cala a boca Jasmine, sem caô. - falou voltando a andar - Que fogo todo é esse?

- Estou sem sexo tem meses. - dei de ombros vendo ele parar em frente a uma porta - O que tem ai?

- Abre. - falou e cruzei meus braços.

- Eu não, vai que tu me joga ai dentro e me faz de prisioneira? - perguntei e ele riu negando.

- Abre logo. - pediu e me aproximei da porta - Depois quero saber se é sim ou não.

- Sim ou não o que? - perguntei abrindo a porta.

   Era um quarto vazio, ou pelo menos quase vazio se não fosse pelo berço no canto com alguns ursinhos de pelúcia dentro e uma cômoda debaixo da janela, olhei pro Falcão e ele olhava o quarto parecendo decidido.

- O que é isso Falcão? - perguntei entrando no quarto.

- Comigo é tudo ou nada, tu sabe. - falou entrando no quarto - Na primeira vez que te trouxe aqui, lá na piscina eu resolvi reformar a casa.

- O que isso tem haver? - cruzei os braços.

- Meus planos era de vir morar aqui contigo, na reforma eu separei esse quarto pra nossa cria. - falou e o olhei com atenção, ele encarava o berço com um sorriso - Mas ai eu fiz merda, tu foi embora e eu fechei a casa de novo, então tu voltou, mas rolou tudo isso.

- O que tu quer dizer? - perguntei.

- Cubo veio conversar comigo, passou uma visão que eu já estava tendo e só não queria aceitar. - falou dessa vez me olhando - Tu me deu uma chance depois de tudo e eu sei que avisei que a gente ia ser só amigos.

- Tu me quer de volta. - falei e ele me encarou sorrindo fraco - Entende que eu precisei seguir minha vida?

- Entendo, mas essa cria eu ainda não consigo engolir. - falou e concordei - Mas com o tempo eu aprendo.

- Por que me trouxe aqui? - perguntei.

- Vem morar comigo, monta ai o quarto da criança. - apontou pro berço - Bora ser uma família.

- Não vou me afastar do Cubo. - falei e ele concordou.

- Tô ligado já, vou me meter entre cês dois não. - falou e concordei - Mas eu vou ter que participar disso ai né, então me arruma um espaço.

- Tu vai ser o melhor padrasto. - o abracei que demorou um pouco pra me abraçar de volta - A resposta é sim.

   Ele me apertou todo sem jeito, minha barriga atrapalhava um pouco, me levou pra conhecer o resto da casa e então falou que era onde ele morava com os pais, já quero ligar pra dona Sônia e pedir pra ela vir.

   Ouvi ele passar um rádio pro Pqd pra ficar lá na boca quando pudesse e ficou no sofá comigo conversando, ele queria saber como eu estava, como meu bebê estava e se eu já sabia o sexo, ele entrou pro time que torce pra ser menina.

   Cubo olhava sem entender nada pro monitor e a médica também enquanto falava que o bebê está bem e me dando mais algumas recomendações, mas o que queríamos saber era o sexo, o pai já estava ficando careca de tão ansioso.

- Vão querer saber agora? - perguntou, sabe pais enrolões pra saber? Somos nós dois.

- É agora tia, diz ai. - Cubo falou pegando minha mão.

- É uma menininha. - falou e o Cubo me olhou.

- Se fuder! - falou com os olhos brilhando - Uma menininha Jas.

- Minha princesinha. - falei sorrindo.

- Vou ter que gastar muita bala. - falou me fazendo rir.

   Saímos do consultório com ele todo nervoso dizendo que ia mandar nossa filha pro internato pra ser freira, que ia isso, que ia aquilo. Chegamos no morro e o pessoal tudo na praça bebendo, o Falcão fechou um negócio grande ai com um novo fornecedor.

- Chegaram, diz ai. - Pqd me olhou - Meu filho vai passar a vara né?

- Se ele chegar perto vai perder o pau. - Cubo falou apontando pra ele fazendo o pessoal rir.

- Isso diz tudo né? - perguntei e vi o Falcão com a mão pra cima.

- Pode vir aqui Cubo, foge não filho da puta! - falou batendo na mão - Falei que ia ser mulher, te falei e tu duvidou.

- A mãe sou eu, dinheiro vem pra mim. - falei pegando da mão dele que me colocou sentado no colo dele - Não acredito que apostaram o sexo da minha filha.

- Falei que era mulher, ele veio de graça. - Falcão falou dando de ombros e passou as mãos na minha barriga - Tio acertou né dragãozinho?

(2/4).

Neurose MinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora