Capítulo I

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Paris, 12 de janeiro de 1539

Foi aí em que tudo começou, pelo menos era o que eu achava. Mas ao chegar em Paris, tive a sensação de que estava enganado.

Naquele dia o sol marcava 07:20 da manhã, as ruas de Paris estavam normais pelo menos para o que eu acreditava ser normal. Era uma bela manhã, os comércios estavam iniciando seu funcionamento diário. Homens, mulheres e crianças andavam pelas ruas cumprindo sua rotina. Pensei: –- Para seus moradores era apenas mais um dia comum.

Já para seus visitantes, ainda mais um visitante como eu que tinha vindo sem saber o por que, fica até difícil chegar em um lugar que você não conhece e que não sabe ao certo o que se passa.

Vim com uma certeza, procurar algo que não sei o que é nem do que se trata. Sabia apenas que meus pais e meus familiares passaram a vida inteira a sua procura. É estranho! Mas ao completar dezoito anos, prometi a eles que dedicaria o resto de minha vida para encontrar.

Para chegar onde cheguei tive que seguir pistas, que não fazem sentido algum e que até agora não me levaram a lugar nenhum mas todas vinham com a assinatura de minha mãe Cecília e de meu pai Gregório que haviam sumido quando eu tinha apenas cinco anos.

Meus avós nunca mais os encontraram, já faziam tantos anos que eles tinham certeza de que não estavam mais vivos. Tanto que quando decidi vir a Paris, fui chamado de louco, pois não sabia quem, nem o que procurava.

Para minha surpresa, Paris decidiu abrilhantar ainda mais seus moradores e seus visitantes com mais uma construção belíssima.

A catedral de Notre Dame!

Sua construção foi iniciada em 1163 e finalizada em 1345. Em se tratando de Paris é aceitável pois esse monumento era um colírio para os nossos olhos.

Por um momento fiquei paralisado esquecendo-me do que se passava em minha volta.

Ao perceber que o relógio já batia as 09:00 me assustei pois as 10:00 deveria estar na Biblioteca Central de Paris na cabine privativa número X. Pista deixada dois dias antes na porta da minha casa.

O problema é que não conhecia nada desta cidade, mais ainda assim após tantas caminhadas e informações consegui chegar a tempo no meu destino.

Ao chegar na recepção da biblioteca, vi que havia uma moça de cabelos loiros na altura do ombro, pele branca, olhos claros, muito bem vestida. Entrei e ao me identificar foi estranho, pois a moça que me atendeu sorriu e pediu que eu a acompanhasse.

Ela levou-me até uma pequena sala com uma porta de madeira onde tinha escrito: Cabine Privativa X.

Ao chegar na cabine, ela disse :

–--- Ele está a sua espera!

Como ela sabia que eu tinha vindo me encontrar com ele?

O mais estranho e ao mesmo tempo engraçado é que eu me perguntava como a funcionária da biblioteca sabia que eu tinha ido encontrar com ele mais eu mesmo não sabia quem era ele???

-Alquimia- A Descoberta Da CiênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora