outono

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Eu não vejo primavera

Tão ateu sou

Que a Deusa amor

Não me tem como filho

Sou qualquer indigno

Sujo, cheio de lepra

Afastado das primaveras

Vivo em eterno outono

Onde as chuvas são de pranto

As folhas caem sozinhas

Em um ato suicida

Procurando a  liberdade

Fugindo desse sofrer

Dessa estação sem piedade

Realidade YWhere stories live. Discover now