PRÓLOGO

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O Crepitar da fogueira ardente esquentava aqueles que estavam em volta dela, as labaredas lambiam o ar na densa floresta e depois abaixavam-se como uma pertinente onda que começa e depois de um longo tempo acaba, mas ao contrário do mar que é imprevisível o fogo permanecia constante, mantido pelos galhos secos que Mark colocava, ele esfregava as mãos pesadas e frias depois envolvia os braços. Sua armadura seguia um brilho tênue prateado, toda feita de aço da terra dos Purjam os melhores ferreiros de toda a encosta Vallim, a espada pendia na cintura, regida, pesada e afiada cortava coisas que nem ele mesmo poderia imaginar e permanecia grato por isso, era presente do seu pai, Mestre tustim no qual foi morto na invasao dos Facus ao povoado de purjam, ela era comprida ao ponto de transpassar o inimigo, seu cabo bem preparado com osso de mamute dava segurança quando a brandia. Sabia que hoje precisaria dela mais do que tudo na vida, acordos foram feitos com os povos do leste e oeste eles tinham todo o apoio que necessitavam, A guerra mostrava-se mais perto do que pensavam. os Facus e os Gálicos eram petulantes e de certa forma impacientes, não demoraria até o cair da noite para todas as suas tropas estarem ali em linha de frente. Mark havia enviado um mensageiro até eles com uma mensagem de paz, mas depois de quatro dias enviaram a cabeça do mensageiro dentro de uma sacola por sobre um cavalo como resposta, dentro do saco havia um papel dizendo que estavam marchando até o rio croste, rio que fazia diviza entre os povos, e que no cair da noite estariam postos para a batalha, Mark entao apressou-se e reuniu toda a guarda desde os mais novos aos mais velho e instalaram-se na floresta. Os sussurros em meio ao frio, a súplica dos animais na noite e a tenção preliminar de uma batalha tomava conta deles

_ Porque tudo deveria ser assim? Perguntou o jovem kauff quebrando o silêncio.

_Eles são devotos a deuses e massacraram o nosso povo vizinho. Os purjam sempre no forneceram ótimas espadas e armaduras, agora temos pouco disso e depois nao teremos mais nada, quero ver esses deuses protegerem eles contra nossas espadas agora. Disse Calebe fechando o senho, depois colocou um galho ceco na fogueira e sentou sobre seu escudo, ela aumentou soltando fagulhas e permaneceu acesa por mais tempo.

_Nao acreditamos em nada kauff a nao ser em nós, no nosso povo você sabe disso. Mark colocou a mão nos ombros dele e continuou

_ Isso faz de nós povos diferente, Os Crostes! aqueles que vivem em harmonia, sendo assim não temos brigas nem desentendimentos por conta de divindades, por outro lado os Facus e Gálicos estão cegos, além disso são gananciosos e querem dominar nossas terras, não vamos deixa-los a vontade pra fazerem o que fizeram com outros povos. Calebe traga aqui as crianças.

-As suas ordens senhor. Os guardas que estavam em volta dele na roda afastaram-se e lhe deram passagem, depois de segundos trouxe consigo dois meninos e uma menina, todos loiros, de olhos claros como o rio croste.

_Essas aqui são crianças do povo purjam e da encosta Vallim. Ele clocou-as em sua frente afagando suas cabeças.

_Existem mais dez delas na montanha segura, foram as únicas que conseguimos resgatar, o resto acabou sendo destruído. Eu nao quero kauff que nossos filhos acabem como essas crianças, sem pais e sem moradia. Hoje lutaremos não só por nossa terra ou pelos nosso familiares, mas sim também por esses aqui, fazem parte dos crostes agora. Ele ajoelhou-se ficando na autura deles e disse sem hesitar.

_Logo mais pedirei pra levarem vocês para a montanha segura enquanto isso voltem para tenda. Então a passos largos eles voltaram.

_Sei que nao temos deuses e dessa maneira continuamos unidos, também sei que temos que lutar por nosso povo, mas as vezes fico pensando nas lendas antigas e se forem verdades? Indagou kauff desta vez colocando uma flecha no seu arco e mirando ao longe, era o seu costume fazer isso quando estava nervoso. Ele manejava bem sua arma afinal era o melhor dos arqueiros. Em sua primeira batalha conseguiu matar mais de cem homens escondido no topo de uma árvore, foi um feito magnífico reconhecido por todos inclusive por Mark que o nomeou ao cargo de lider, a maioria ali o admirava porém, ficavam com dúvidas quando ele começava a fazer perguntas nas quais relacionava diversas coisas.

As Crônicas Do JuizOnde histórias criam vida. Descubra agora