BRAIAN

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Enquanto Braian corria fervorosamente, ouvia um farvalhar enorme nas árvores, o vento estava cada vez mais forte como se um furacão feroz estivesse formando-se em torno dele.

Seu coração palpitava aceleradamente com batidas absurdas acompanhado a veloz corrida. A cada passo que dava sua respiração tornava-se mais pesada acompanhada do mixto incandescente de ansiedade.

Ofegante e bastante cansado, ele dobrou a direita ainda correndo a toda velocidade. O caminho era algo do qual não esperava, era extremamente estreito e as árvores pareciam fechar ainda mais a passagem, o compromindo de tal forma que escondia o brilho tênue cintilante da lua.

Pensou consigo mesmo que se não estivesse tão desesperado ou apavorado não teria escolhido dobrar a direita, existia outros caminhos do qual poderia fugir e seguir em frente.

O chacoalhar das árvores estava aumentando ainda mais, Braian não tinha certeza se era somente os ventos que estava fazendo isso ou se era o seu perseguidor, Na verdade ele sabia sim, sabia qual o motivo porem nao queria acreditar.

Havia algo o seguindo desde quando acordou na floresta, sua mente permanecia perturbada e conseguir pensar enquanto estava em apuros parecia ser algo impossível no momento.

Um vulto passou por suas costas de uma árvore para outra e o barulho de galhos quebrando foi tão grande ao ponto de aumentar ainda mais a velocidade.

Seus pés estavam totalmente doloridos, pequenos cortes no meio dos dedos manchavam as folhas rececadas no chão e agora ele pode concluir que o perseguidor estava mais perto do que conseguira imaginar.

O trecho apertado no qual estava passando possuía as árvores maiores e mais íngremes que já tinha visto e a mata na qual envolvia o chão seco ao seu redor estava grande ao ponto de dificultar a sua corrida.

Com as mãos direita e esquerda ele afastava toda e qualquer vegetação que encontrava no caminho, mais todo esforço parecia ser inútil pois cada vez que seguia em frente sentia-se pressionado pela floresta escura e nublada. As estrelas mostrava-se grandes e ofuscantes de um brilho estrondoso pairava por sua cabeça com suas inúmeras constelações.

Enquanto continuava sua fuga agonizante e sem muito sucesso, tropeçou em uma ondulação na terra, combaleou até segurar-se em uma arvore mais não caiu. Ouviu um uivo ao longe que fez os pelos da nuca erisarem, as suas pernas bambas começaram a tremer incontrolavelmente "ele já está aqui" foi o que pensou.

A sua frente no caminho existia pequenos buracos, bifurcações ingrimes com fendas onde qualquer deslize ou tropeços poderia se sujeitar a uma queda. O uivo tornou-se mais auto, aquele som o deichava apavorado ecoando nos seus ouvidos como um lamurio estredente.

Aquela corrida parecia não ter fim e em torno dele o vento frio pesado o acompanhava em sua respiração esfumassante e as suas roupas eliminava o fato de mante-lo aquecido. Estava com uma calça longa marrom cujo o pano era tão fino que grudava em suas pernas, a camisa de manga longa da cor preta era de um tecido mais Grosso e tinha um símbolo no lado direito do seu peito, um sol flamejante com uma estrela pequena no seu interior, infelizmente não sabia o que isso significava, na verdade suas lembranças não vinham a tona.

Fechava os olhos tentando puxar da sua mente uma resposta a tudo aquilo, a única coisa que se recordava era que estava dormindo na floresta e um uivo alto de uma criatura o tinha acordado, e agora estava ali correndo sem rumo, sem lugar pra chegar, sem conseguir lembrar de nada, se ao menos tivesse algo no qual pudesse proteger -se, uma espada, um arco ou até mesmo uma pedra pontiaguda ficaria calmo e enfrentaria o uivante frente a frente, mas a única coisa que tinha era uma bolsa pequena beje enrolada em volta da sua cintura.

As Crônicas Do JuizOnde histórias criam vida. Descubra agora