(...)Minhyuk simplesmente se sentia feliz em oferecer uma mão amiga, um carinho e um sorriso a quem quer que surgisse em seu caminho.
Mas cuidar de Changkyun lhe causava uma satisfação diferente(...)
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Changkyun sentiu primeiro o beijinho em sua nuca, suave como uma carícia.
Os dedos longos se aventuravam sob sua blusa, desenhando círculos imaginários em sua pele na tentativa de fazê-lo despertar sem nenhum susto. Cuidadoso como só Minhyuk conseguia ser.
Im resmungou, ainda de olhos fechados, fazendo uma típica manha matinal sabendo que receberia mais carinhos e o Lee não tinha absolutamente nada contra a ideia. Espalhou mais beijos sobre a pele do pescoço e ombro e seus carinhos deixaram a cintura e a barriga do mais novo até se aventurarem perto da virilha.
— Bom dia, bebê - sussurrou com a voz rouca pertinho de seu ouvido e o menor se sentiu arrepiar.
Minhyuk sorriu ao observá-lo quando um dos olhos finalmente se abriu para encará-lo, mas voltou a se fechar em seguida.
— Você não vai acordar?
— Huum - resmungou em resposta fazendo o mais velho rir de novo.
— Nossa, o que eu preciso fazer para deixar o meu bebê feliz e fazer ele sair da cama?
Changkyun não respondeu. Apenas abriu novamente um dos olhos e deu um sorrisinho ladino travesso que o Lee conhecia muito bem.
Eles tinham aquela relação já fazia algum tempo. Não sabiam nomear e nenhum dos amigos ao redor os forçou a isso, mesmo que os títulos variassem dependendo do dia. Na maioria das vezes, chamavam-nos de namorados mesmo que no começo passassem mais tempo perturbando Minhyuk sobre sua mania tão mal velada de cuidar de Changkyun como se ele fosse o seu bebezinho.
A verdade era que o Lee amava tomar conta das pessoas. Desde os amigos até as crianças na pracinha, as velhinhas que ajudava a atravessar a rua, as moças que trabalhavam na floricultura perto de casa e o senhorzinho da barbearia na esquina. Ele simplesmente se sentia feliz em oferecer uma mão amiga, um carinho e um sorriso a quem quer que surgisse em seu caminho.
Cuidar de Changkyun, entretanto, lhe causava uma satisfação diferente.
O rapaz que conhecera por intermédio dos amigos fazia poucos anos era sempre tão quieto e independente, tão autossuficiente, que foi impossível não se sentir nas nuvens quando ele deu a primeira abertura, demonstrando que não se importava em receber um pouco da sua afeição.
Ele era mais tímido no início, não muito aberto a toda aquela atenção, mas com o passar do tempo e uma boa dose de insistência, Minhyuk tinha conseguido ultrapassar até as mais altas barreiras frias em torno de um coração que descobriu ser tão quente.
Em que ponto o cuidado e o zelo havia se tornado algo mais era impossível dizer. Talvez em alguma daquelas noites de filmes que Hoseok adorava, ou nos passeios para conhecer a cidade que Hyungwon furava com o mais novo por acidente e sobrava para Minhyuk substituí-lo. Existiram diversos momentos que os levaram até ali.
