If they Only Knew (Randy version)

eleven

Eu estava deitado junto com Rye, era madrugada e apenas a luz do abajur nos iluminava. Eu estava chorando, nem sabia exatamente o motivo. Eu apenas sentia vontade de chorar.

Chorar por causa da minha relação com Rye, chorar por causa do que eu quero ter e não posso, chorar por causa da intensidade dos meus sentimentos por ele. Chorar por isso ser errado, chorar por isso parecer certo.

Rye afagava meus cabelos, ele tentava me acalmar mas ele também estava chorando. Eu previa estar sempre chorando por muito tempo. Após quase uma hora depois eu me acalmei. Ele ainda estava acordado, grudado a mim, fazendo meu coração acelerar por sua proximidade. Eu queria ele e ele me queria e nossas mãos estavam atadas. Eu poderia dizer que era poeticamente trágico.

Quando eu estava com ele sentia que o mundo estava nas minhas mãos, sentia que o universo todo explodia e era apenas nós dois, apenas o nosso amor, e nada mais era importante.

– Você está melhor? – Ele pergunta.

_ Não. – Digo sincero.

–  Nem eu. – Ele fala. Eu dou risada, pois é engraçado, nosso sofrimento é engraçado.

– Por que isso teve que acontecer com nós, Rye? – Digo, pegando sua mão e entrelaçando nossos dedos. Eu estava deitado no seu peito e ouvia seu coração acelerado. Eu sabia que era por minha causa.

– Eu não sei. Eu odeio isso, não odeio meus sentimentos, eu gosto do que sinto porém, apenas queria que fosse em outras circunstâncias. – Ele diz. Eu concordo. É exatamente isso que eu penso. Nós dois estávamos loucos um pelo outro e não podíamos ficar juntos porque somos irmãos? Parece ridículo mas é a realidade. Ele aperta nossas mãos e eu sorrio.

– Elas encaixam perfeitamente. – Digo sorrindo enquanto olhava para nossas mãos juntas, levantando elas no ar e fazendo carinho em sua mão com meu dedão. – Parece que foram feitas uma para a outra.

– Talvez porque elas tenham sido. – Ele diz. – Eu acredito em nós, Fovvs. Eu sei que é impossível, acredite eu sei muito bem disso, mas algo em meu coração me impede de desistir, eu continuo insistindo em nós porque acredito.

– Eu queria ter essa mesma fé que você. – Digo, eu realmente queria. Rye está me dando calafrios e eu amo essa sensação, eu amo ele. – Mas olhe em volta. Estamos fadados para a tragédia.

Ele não responde. De repente escuto ele suspirar baixo.

– Na verdade acho que estou fadado a você. – Eu não consigo controlar o sorriso. Céus, não há como evitar. Socorro.

– Você é a melhor pessoa que eu já conheci. – Confesso. Ele ri baixinho.

– Bem, então você só conheceu pessoas horríveis. – Ele diz em um tom humorado, nossas mãos ainda estão juntas e a sensação da pele quente dele contra a minha me deixa nervoso, me deixa com o coração acelerado. O corpo dele está tão perto do meu e não há palavras para descrever o quanto é bom estar tão perto dele. - Eu sou egoísta pra caralho, Andy. Principalmente com você.

– Eu também sou egoísta com você. – Respondo. – Não é algo que eu considere um defeito.

Ele sorriu e beijou minha testa novamente, de alguma maneira, eu senti que ele queria beijar mais do que apenas minha testa.

– Tudo bem. – Ele diz. – Também acho você a melhor pessoa que eu já conheci.

Dou uma risada baixinho.

– Não ri, é verdade, bebê. – Ele está sorrindo e o mundo parece brilhar. Ele é meu mundo e ele está brilhando, porque está junto comigo, Rye brilha por minha causa, assim como eu brilho por ele. Pode ser uma relação errada, mas era linda, tudo sobre nós era lindo no meu ponto de vista. Me permito encarar ele e céus, meu coração acelera, ele está tão lindo, ele é lindo, seus olhos estão me encarando intensamente também, eu estou sorrindo para ele e ele não consegue parar de olhar a minha boca. Ele se aproxima e eu sinto tudo parar.