NAPHAL

Prólogo

Anjos caírem se tornará incomum. Depois de Lúcifer, seus seguidores e os que ficaram tentados a experimentar os prazeres humanos, acabou. Os que foram expulsos vagavam na terra, perdiam sua graça mas ainda obtinham certo poder. Não pertenciam a lugar algum pois não eram aliados de Deus, tampouco do Diabo. Eram fadados a viver no meio da podridão humana até o fim dos tempos. 

Os caídos mantinham certa união pois não aceitavam a humanidade. Se sentiam superiores mesmo sendo tão sujos quanto os humanos. Sempre que um anjo caía, os caídos eram capazes de sentir as asas dilacerando, a vergonha, a dor da queda e a perda da graça divina. Como se não fosse suficiente, quando algum caia, de alguma forma todos os que já estavam em Terra se encontravam juntos no exato local em que o corpo do Anjo encontraria o chão. O que há séculos não acontecia. 

Mas todos eles sentiram, todos eles foram arrastados para Nilfell. Ficaram confusos quando nada aconteceu, até que Azazel, um dos nove primeiros anjos a cair, o líder de todos os presentes por ter sido o primeiro a ficar na terra se pronunciou.

Kaden odiava tudo isso, odiava a obrigação de ter que se unir a eles, mas não tinha escolha então prestou atenção em cada movimento de Azazel, esperando seu pronunciamento, esperando uma explicação, pois, ali, ele era o único que podia realmente saber de algo.

- Vocês sabem o que significa a não chegada de um caído, não sabem? - Riu, sem humor algum antes de continuar - Significa perdão, significa que Ele por qualquer motivo mesquinha que tenha aceitou um Anjo de volta. Semanas atrás um dos Principados, cansado das brincadeiras d'Ele me passou informações úteis, disse que um Serafin havia o traído e esse momento aqui é a confirmação.

Kaden era um Arcanjo e antes de cair resolverá muitas pendencias por Ele, sabia muito mais que alguns presentes. Sabia o que representava caso um Nefilim se resultasse de um passeio de um dos que pertencem a Primeira Tríade. Sabia o que podia acontecer não só com a Terra mas com o Céu e o Inferno.

Sorriu satisfeito enquanto observava seus companheiros confusos. Estava disposto a proferir o caos e a colaborar com o inicio do que seria o fim.