Apenas um Brinquedo

CAPÍTULO 04

Vitória

Me afasto do bruno a medida em que o cesar se aproxima de dentro da lanchonete....

O tadinho do rapaz faz cara de quem não está entendendo nada e começo a rezar em silêncio pra nada acontecer.

Ele entra e as pessoas já olham assustadas, a presença dele causa medo e pavor em todos assim como em qualquer outro lugar desse morro.

Ele se aproxima de mim e me pega pelos cabelos

César: o que eu falei?  - pergunta baixinho

Vitoria: por favor..... aqui nao - imploro pra nao apanhar em publico.

Cesar: e porque não fez o que eu mandei?

Vitória: esse é meu trabalho eu tava só atendendo

César: se o problema é teu trabalho vadia então nao vai existir mais esse problema

Ele se afasta de mim e olha pros vapores que estavam parados na porta do estabelecimento

Cesar: aí não deixem sobrar nada.... quebrem tudo

Vitoria: não..... por favor - me desmancho em lagrimas implorando - por favor César,  nao faz isso... faz qualquer outra coisa menos isso

Ele me olha e fica rindo enquanto os vapores quebram tudo e os clientes saem correndo desesperados.... quando o bruno vai sair também ele manda os vapores barrarem ele

A dona Isabel que estava na cozinha vem correndo depois de ouvir os barulhos e com ela tá a Carem....

D Isabel: o que ta acontecendo? - ela olha pro cesar e  começa a chorar também agora entendendo as intenções dele ao ver os vapores quebrando tudo

D Isabel: não.... por favor seu César não faz isso.... o que eu fiz pro senhor?

Ele não se comove nem um pouco, apenas fecha o sorriso e fica sério olhando pra nós três.... a dona isabel e a carem estão chorando abraçadas em um cantinho tentando se proteger de coisas que voam. Já eu nem to dando bola pra se vou ser atingida ou não, é isso que eu queria mesmo morrer....

Vitória: César manda para - eu peço de novo e ele chega pertinho de mim.

César: ainda nem começou filhona, agora vou fazer a parte mais interessante e eu vou te mostrar o que acontece quando sou desobedecido

Ele se vira e vai até o bruno que ta muito apavorado com tudo.... imagina chegou ontem no morro e hoje já está presenciando isso.

Ele manda os vapores soltarem o rapaz que está agora frente a frente com ele

Cesar: tava falando o que com minha mina porra?

Que? Mina dele.... eu só sou um lixo nas mãos dele.

Tadinho do bruno nao sei o que ia dizer mas quando abre a boca pra responder leva um soco e cai.

Cesar: vamo ve se tu é homem pra ficar cara a cara comigo

Afss lógico que o cara que por sinal é inocente vai apanhar olha a diferença de tamanho.

O césar começa a bater no bruno antes que ele possa ter alguma reação.
O desespero toma conta de mim e em um surto de coragem eu vou até o césar correndo e empurro ele, isso mal funcionou porque ele nem se mexeu, mas serviu pra mim levar um soco dele.

O monstro só se deu por satisfeito depois que quebrou tudo e deixou o bruno em estado gravíssimo.

Eu nao sabia o que fazer nem pra onde correr e pedir ajuda ate que eles foram embora. Todos os vapores sairam ao mando do cesar e por ultimo ele que me lançou um olhar sério e ao mesmo tempo calmo, como se ali ele tivesse descontado toda a sua raiva do dia....

Corri até o bruno que ainda estava acordado e consciente mais nao falava nada. Ele tava muito machucado.

Vitoria: karen por favor me ajuda aqui a levar ele pro posto

D isabel: cala essa tua boca sua vagabunda.... nao fala com minha filha.... olha no que deu tu anda com traficante e a trouxa aqui te dar apoio e ajuda. - ele grita jogando na minha cara que sou culpada de tudo - olha o que ele fez com minha lanchonete, isso era minha vida, eu batalhei muito pra ter - ela chora e a carem tambem - sua prostituta, trabalhava aqui mas ganhava dinheiro daquele traficante nojento e eu sempre fingindo que nao via nada.... some da minha frente vai embora sua vagabunda.....

Levanto chorando e olho pra carem que apenas chora e nao fala nada, com certeza ta sentindo toda essa raiva de mim tambem. E elas tem toda a razao do mundo pra isso.

Quando alcanço a porta a dona isabel me chamo. Viro pra trás pra ouvir o que ela tem a dizer.

D isabel: tu vai me paga centavo por centavo disso aqui.... ou eu te mato antes que aquele monstro faça isso.... e esse coitado desse rapaz que ta jogado no chão eu vou levar pro posto. E tu sua cadela faça pra ele o favor de nunca mais aparecer na vida dele, porque eu nem conheco esse menino e ja vejo o estrago que vc fez na vida dele assim como fez na minha e na da minha filha. AGORA SUMA DAQUI

Chorando muito eu vou pra casa. E agora? Nao tenho trabalho mais e ainda por cima tenho uma dívida imensa com a dona isabel. E esse bruno? Nem conheço ele e já causou estrago na sua vida....

Eu preciso morrer.