Capítulo 31

3.7K 495 28
                                    


Danilo


— Que história absurda é essa? — pergunto.

— Isso mesmo que ouviu — responde tranquilamente — Valentina é minha irmã.

— Quem mandou você atrás dela? — indago irritado — quem?

— Ninguém mandou — fala — cara, não escutou o que disse? Somos irmãos — diz — será que podemos conversar em outro lugar? — pergunta — às pessoas não precisam escutar nossa conversa.

— Vamos no meu carro — digo.

— Sigo você.

— Depois voltará para buscar seu carro — pego suas chaves.

Não estava acreditando em nenhuma palavra desse babaca. Qualquer coisa que ele fizesse, daria um jeito nele. Prometi que ninguém chegaria perto em Valentina, então, faria isso valer mesmo.


Lídia estava arrumando suas coisas quando descemos do elevador, ela parou imediatamente e disse:

— Doutor, precisa de alguma coisa?

— Não, Lídia. Termine tudo e pode ir embora. Boa noite.

— Boa noite — diz.


Rodrigo sentou, esfregou às mãos e respirou fundo. Percebia de longe que estava muito nervoso.

— Vou refazer minha pergunta — ajeito na cadeira — quem mandou você atrás dela?

— Ninguém! — afirma sério — por que alguém iria atrás de Valentina?

— Você precisa responder isso.

Rodrigo solta um riso debochado.

— Sou irmão dela — continua afirmando.

— Por que não procurou ela antes?

— Foram anos procurando ela — fala — depois fui informado que havia morrido.

— E como achou ela depois de anos?

— O comercial do perfume — aperta suas mãos — Valentina ficou mais linda ainda — sorri — seus olhos tinham um brilho. Um brilho que não haviam quando éramos pequeno. Sabe o que aconteceu com ela?

— Não — minto.

Ficamos nos encarando por alguns segundos.

— Você teria alguma coisa para beber? Que seja forte.

— Uísque?

— Perfeito.

Preparo dois cowboys, e entrego o dele. Rodrigo toma tudo em um gole só. Enquanto vou bebendo o meu devagar e observando suas reações.

— Valentina nunca contou nada? — pergunta novamente.

— O que deveria saber? — indago.

— Valentina contará no momento certo — corta o assunto — vocês moram juntos?

— Chega dessa conversinha besta — largo meu corpo — acha mesmo que vou acreditar nessa história? Vamos encerrar por aqui. Diga quem mandou vir atrás dela? Aproveita que estou de bom humor.

— CACETE! — grita.

— Abaixa o tom de voz — empurro ele contra parede — abaixa esse tom.

— Falo como quiser — sou empurrado — não acreditou em nada do que disse?

— Não! — afirmo — quem mandou você aqui?

O DESTINO Where stories live. Discover now