Sensações

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— Passe no quarto e veja como estão eles.

Clarion ordenou a uma de suas fadas.

O dia já estava se iniciando e começou da forma mais estranha possível. A Rainha tinha tido um sonho estranho, como uma  premonição, que estava a  assombrando até agora.

A fada ordenada caminhou até o quarto onde ficava as únicas pessoas naquele lugar que poderiam fazer algum mal para alguém. Demétrius, Cirse, Colbi e Helena.

— Pelo pó mágico! Helena? — A imediata se deparou com uma cena inacreditável ainda mais se tratando de seu reino. Helena estava com a boca, mãos e pés amarrados. — O que aconteceu? — Perguntou assustada assim como a proporia madrinha e tirando o plano da boca da mulher.

—Demétrius...

Ela começou a tentar explicar, mas a fada que estava tentando ajudar  recebeu um golpe na cabeça caída desmaiada aos pés de Helena

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Jaqueta roxa, botas de combate, cabelo preso em um rabo de cavalo e agora as luvas. Mal terminava de se trocar, porque já estava na hora de partir para o País da Maravilhas.

— Se cuida.

Ela disse dando um abraço apertado no marido

— Eu me cuidar? Nós dois sabemos que eu não sou o perigo do relacionamento.

Geralmente era Mal que jogava todo o peso do corpo nele, enquanto se abraçavam,mas devido ao ferimento, não pode fazer isso. O que não influenciou em nada o forte abraço deles.

— Só por precaução

—Vê se não machuca muito.

— Vou tentar

— Te amo .

Compartilharam o último beijo apaixonado. Geralmente Mal amava beijar Ben, mas aquele beijo foi diferente, não sabia explicar.

—Uau!

Ela suspirou quando se separavam.

— Tudo bem? Te deixei sem fôlego Bertha?

— Bobo, te amo Ben

— Te amo mais ainda

Os dois se despediram indo em direção ao penúltimo destino. Mal não sabia explicar, mas sentia algo estranho no peito, uma sensação igual a de antes, mais dessa vez tão mais profunda. Não sabia se era extinto ou só pressentimento.

—Fica de olho nele por mim?

Pediu a Evie levando os olhos em direção ao filho de Bela, antes de abraçar a azulada.

— Claro. — A puxou para um abraço de despedida. — Se cuida também ok? — Pediu falando baixo no ouvido dela — Tenta chegar inteira para gente?

— Tentarei meu melhor, amo você.

Deu outro abraço nela.

Mal estava com medo, talvez fosse,porque essa era a primeira vez que ia sem nenhum de seus amigos ou só por causa daquele aperto no peito. Contudo, fez de tudo para ignorar e foi até o centro do Pátio pronta para mais uma de suas aventuras.

— Pronta? — Rashid perguntou antes de jogar a velha poçãozinha de teletransporte. Ela só concordou com a cabeça vendo os rostos das pessoas de sua família desaparecer. — Lá vamos nós.

Ela viu todos desaparecerem como pô mágico. Ela já tinha feito aquilo diversas vezes, porém dessa vez o rosto de cada um estava na sua mente de forma inesquecível. Evie mandando beijo, Jay e Carlos abraçados e rindo de alguma palhaçada, Jane e Loonie rindo com o pequeno Tommy, Bela e Adam abraçados dando tchau e o rosto de Ben falando um eu te amo sussurrado.

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Pais das Maravilhas

País das Maravilhas. O território era como os livros falam, um lugar insano. Parecia a cabeça maluca de alguém. Rosas enormes, pessoas de tamanhos diferentes e  animais falando. Embora, de alguma forma se assemelhava também a uma metrópole como outra qualquer, com avenidas, prefeitura e até mesmo um ponto de ônibus. Bom, uma formiga era o motorista, mas tudo bem, aquele lugar não era para ser normal.

—  Aqui está bem mais velho do que eu me lembro.

Rashid disse observando o local e todas as cores que já nem se pareciam com a coloração de anos atrás. Muito embora fizesse anos que nem aparecia aqui.

—Ah,  você é daqui, tinha me esquecido desse detalhe.

A futura rainha estava empolgada de estar ali, nunca tinha estado lá antes e aproveitava para ver tudo que seus olhos conseguiam captar.

— Sou bem normal para esse lugar. Acho melhor irmos andando até o castelo da Rainha Branca, não confio muito em formigas dirigindo.

Bem diferente de Mal, o Erro no Sistema parecia não gostar nenhum de estar de volta em sua terra.

— Por que a poção não nos mandou direto para o castelo dela?

— Poções nem sempre são certas, ainda mais de teletransporte

—Então, como foi crescer aqui?

Ninguém sabia muito de Rashid, só o essencial, ele era um mago muito poderoso e que se envolveu no que não devia.

— Quer dizer nessa bagunça que eles chamam de pais? Sobrevivi . — Ele dizia, enquanto tentava caminhar pelo chão de terra. — Aí que se dane. — Após sujar seus belos sapatos pela milésima vez, ele agarrou a cintura de Mal e os teletransportou para a frente do enorme castelo da governanta.

—Uau, vai com calma da próxima...

Mal pediu tonta pelo teletransporte que ele fez.

— Rashid? Rashid, que bom vê-lo.

Uma mulher literalmente branca como a bebê que só tinha os lábios vermelhos como outra cor se aproximou dos dois, que tinham acabado de pisar no jardim real.

— Oi Branca, como você está?

Disse sem ânimo algum e antes de dizer mais alguma coisa foi recebido por um abraço

— E você deve ser Lady Mal.

Falou entusiasmada

— Prazer conhecê-la vossa... — Estendeu a mão para o cumprimento, mas foi surpreendido por um abraço. — Uou, então vamos abraçar, legal

— Bom tê-los aqui, recebi o vosso telegrama sinto muito pelo que aquela bruxa tem feito em seu reino.

Disse com seu impecável vocabulário o que deixou os dois espantados por alguém falar daquela forma

— Telegrama?

Mal questionou

— Sim, nossos pombos trazem até nós

— Meu Deus aqui é mesmo outro país!

— Mas, que falta de educação a minha, venham e guardem suas coisas.

A rainha os encaminhou até os quartos. Rashid já conhecia o lugar então o passeio turístico foi mais para Mal.

— Então, já recebeu seu pergaminho?

A roxinha perguntou entrando no quarto de hospedes

— Pergaminho?

Perguntou sem entender a fala dela

— É, sabe aquele troço que aparece e diz o que você vai me ensinar.

Mal falou.

— Bom, receio que esteja acontecendo um equívoco eu não lhe ensinarei nada.

— Mas Rashid disse que...

—Eu que vou te ensinar. — O homem apareceu na porta interrompendo a conversa das duas e já respondendo o que lhe iriam perguntar. — Eu preciso te explicar uma coisa.

Descendants Dark TimesOnde histórias criam vida. Descubra agora