Caça a bandeira

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-MinSeok pov-

-Chalé de Apolo junto com o de Atena e Ares. – Quíron anunciou e eu tratei de olhar para meus amigos.

-Parece que vamos vencer o de Afrodite de novo. – Sehun comentou, olhando para Luhan e Kyungsoo.

-Não é porque você é de Ares, que vai vencer. Basta eu te olhar fixamente, que você se apaixona e faz o que eu quero. – Luhan rebateu e desatei a rir.

-Não quero segurar vela, então vamos indo Jongin. – saí arrastando meu amigo, que era do chalé de Atena.

Fizemos a formação e Quíron apitou, iniciando nossa caça à bandeira. Jongin tinha conversado comigo e me mandou ir por um atalho. Ele era um ótimo estrategista, como um digno filho de Athena, e sabia que eu corria rápido. Sehun ficou encarregado de se fingir de durão, o que não era difícil para ele – um filho de Ares – enquanto eu iria me esgueirar pela floresta.

Eu fiz como Jongin mandou – assim que o jogo começou e Sehun foi desempenhar seu papel - e saí correndo por um atalho. Kyungsoo, filho de Afrodite, tinha me visto e começou a me seguir, mas Jongin o interceptou. Eles dois eram muito curiosos, era melhor que assumissem os sentimentos entre si, igual o Sehun e Luhan fizeram.

Com o caminho livre e animado para vencer, corri como se minha vida dependesse daquela brincadeira. Eu estava bem no interior da floresta, quando ouvi um gemido. Levei um susto e pensei em correr, mas algo me fez ficar. Sabe o que era esse algo? A minha adorada curiosidade. Espero que ela não me mate, como fez com o gato.

O gemido tornou-se um pouco mais audível e eu decidi seguir a direção da voz. Não demorei muito a avistar a pessoa que o fazia. Pelas roupas prateada e o arco, deduzi ser uma das caçadoras de Ártemis, a irmã gêmea do meu pai. Fui me aproximando, sorrateiramente, e percebi que ela respirava de forma ofegante. Notei, também, que suas roupas prateadas estavam tingidas com um vermelho sangue.

-Por Zeus! Caçadora, você está bem? – perguntei, me aproximando dela. – É claro que não está. – resmunguei ao vê-la se retesar.

Por estar completamente assustado – e surpreso – parei para analisá-la melhor. A caçadora tinha feições marcantes e era asiática como eu. Seus olhos eram bem puxadinhos, sua pele branca, seu cabelo era curto – na altura dos ombros – e sua boca parecia ser repuxada para cima, dando a impressão de que ela poderia estar sorrindo. Ela era linda.

-Prazer, eu sou MinSeok. Entende o que eu digo? – perguntei e a vi concordar. – O que aconteceu com você? Consegue andar? – ela fez que não. – Não sabe falar? Esquece, vou te levar pra alguém que possa ajudá-la...

-Não! – ela gritou, mas sua voz pareceu um pouco mais grossa do que o normal. – Por favor, não...

-Mas você precisa, eu não tenho como te ajudar e se a deusa souber que eu estou tocando em uma de suas caçadoras, eu serei punido. – argumentei e a vi tentar se sentar, mas seu ferimento parecia grave.

Impedi que ela fizesse algo e parei, novamente, para analisá-la. Tinha uma ferida ao lado de sua cintura, onde começava sua saia prateada. Olhei para o lado, em busca do que pudesse tê-la ferido, e percebi uma flecha. Provavelmente tinha sido atingida em meio a alguma batalha, mas... Como ela tinha parado ali?

-Não posso. – ela tornou a insistir.

-Então eu vou tentar te ajudar. Precisamos estancar esse sangue. – falei e ela concordou. – Eu vou pegar um pouco da água do rio e já volto. – avisei e ela apenas assentiu.

Corri em direção ao rio. A sorte é que eu sempre carregava uma garrafinha de água, porque eu sabia que alguns semideuses levavam a caça à bandeira muito a sério e acabavam machucando alguns amigos. A primeira coisa, que eu tinha aprendido, era sempre jogar água nos machucados para evitar que eles infeccionassem.

O Segredo Da CaçadoraOù les histoires vivent. Découvrez maintenant