Corrida contra o tempo.

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30/09/2016 – Sexta-feira.

"O moreno alto, esbelto e sexy passeava com seu cachorro – Monggu – e carregava um lindo sorriso no rosto. Ele olhava o céu, que estava laranja pelo pôr-do-sol, e imaginava um mundo sem confusões. Gostava da vida calma que levava, da sua recém-independência adquirida e desejava que as pessoas pudessem experimentar metade do que sentia. Ao estar perdido em pensamentos, seu cachorro conseguiu se soltar da coleira e correu em direção a um rapaz.

-Monggu! – o rapaz arquejou surpreso, feliz e aliviado. Levantou-se para pegar o cachorro no colo e logo viu o dono correndo em sua direção. – Olá, Jongin! – cumprimentou o moreno e viu o mesmo lhe sorrir.

-Olá, Kyungsoo! Obrigado por pegar o Monggu. – Jongin agradeceu e Kyungsoo arregalou os olhos de surpresa.

-Como você sabe meu nome? – indagou e o moreno deu de ombros.

-Eu apenas sei seu nome, oras.

-Então você lembra de mim? – perguntou animado.

-Eu deveria lembrar? – o moreno questionou e o sorriso no rosto de Kyungsoo sumiu.

-Tudo bem... Pelo menos você lembra meu nome e isso já é alguma coisa. – o baixinho murmurou e o moreno fitou aquele ser.

Reparou que o rapaz era um pouco mais baixo que si, que tinha uma pele parecida com leite, feições infantis e cabelos penteados para baixo, com uma franja caindo um pouco próxima do olho. O moreno não pôde deixar de sorrir, afinal, o rapaz era belo.

-O que é alguma coisa? – acabou por perguntar. Era curioso, mesmo que saber o nome do rapaz em sua frente parecesse tão certo quanto respirar.

-É..."

Acordei com a porcaria do despertador tocando e com Monggu puxando meu cobertor para baixo. Suspirei pesadamente e pensei em voltar a dormir. Eu sabia que estava tendo algum sonho, mas não lembrava o que era. Toda vez que eu era acordado por um despertador ou por Monggu, eu sempre me esquecia o que sonhei. De certa forma isso era bom, porque se eu tivesse pesadelo, eu não iria lembrar e teria um dia maravilhoso pela frente.

-Já acordei, garotão. – murmurei e sentei na cama. Ainda estava sonolento, mas precisava levantar e mostrar para meu pai que minha independência não impediria que eu fosse trabalhar dentro do horário.

Enquanto eu rumava para o banheiro, fiquei pensando que já era sexta-feira e seria um maravilhoso dia para sair com meus amigos da empresa. Apesar de ser o vice-chefe, eu gostava de manter uma boa relação com meus funcionários e meus pais não viam problema nisso. Era boa demais a vida que eu levava.

Terminei meu banho, coloquei um terno preto e feito sob-medida, fui pegar minha carteira, a chave do carro e colocar a comida para Monggu. Deixei um carinho na cabeça do meu cachorro e fui para a saída do meu novo apartamento. No auge dos meus 22 anos, eu tinha conseguido um apartamento que seria pago por mim e mais ninguém além de mim.

Após digitar a senha do apartamento, peguei o elevador e fui para o estacionamento. Entrei em meu carro, liguei o motor e o rádio. Uma música lenta começou a tocar e eu parecia já conhecê- la. Meu sonho parecia estar ligado com aquela música, mas eu jamais iria descobrir se eu não voltasse a sonhar com a mesma coisa e não fosse interrompido.

Cheguei à empresa, cumprimentei a todos e fui para minha sala. Eu era responsável por avaliar os clientes, decidir se a empresa valia a pena ter uma publicidade feita pela agência de publicidade do meu pai – futuramente minha – e depois de aprovar, eu mandava o contrato para meu pai, que repassava para uma determinada sub-agência da nossa empresa. Quando os projetos fossem concluídos, eu os avaliaria e fim. Na maioria das vezes não tinha tanto problema, eu costumava avaliar 5 contratos e 5 projetos por dia, então meus dias de trabalhador eram calmos.

Mês de OutubroWhere stories live. Discover now