Capítulo II

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   C A P Í T U L O II
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Chegamos na praia e descemos dos veículos, com grandes sorrisos estampados nos nossos rostos. Ele veio e me cumprimentou com uma batida de punhos.

— Cara, isso foi incrível! — diz ele.

— Foi mesmo — concordei com ele, e ficamos ali por alguns instantes observando as ondas do mar.

— Seu carro é bem potente. — diz Hector, de forma admiradora. — Seu pai escolheu um ótimo veículo para você, mano.

— É, valeu mesmo.

Meu telefone toca e o pego no porta-luvas dentro do meu carro. Atendo a ligação e Kleber nos pergunta o que estávamos fazendo para demorar tanto a chegar no local marcado — mesmo que não houvesse um lugar real marcado.

Digo a ele que Hector e eu tínhamos corrido um pouco durante o caminho, e o mesmo me pergunta onde a gente estava, e eu respondo que estávamos perto do calçadão, esperando por eles. Ele nos pede para permanecermos ali mesmo, que viria a nosso encontro.

Desliguei o aparelho e o guardei.

— Kleber está aonde? — perguntou Hector e o respondo que estava vindo ao nosso encontro.

Ficamos encostados no capo de meu veículo, esperando Kleber aparecer para podermos ir até a festa.

Ouvimos um motor de carro antigo se aproximar devagarinho, e de dentro dele, sair um Kleber sorridente, vestindo uma regata branca, com brinco na orelha esquerda.

— Fala, rapaziada! — ele se aproxima, nos cumprimentando com um aperto de mão.

— E aí, Kleber — retribui seu cumprimento. Notei seu sorriso e questionei: — Que sorriso é esse? Está escondendo alguma coisa?

Ele balança o dedo indicador.

— Olha, é uma surpresa. — respondeu. — Porém, eu imagino que você vá gostar, sem sombra de dúvidas.

A forma como ele disse aquilo me deixou um pouco curioso para saber o que era. Mas ao mesmo tempo em que estava curioso, estava também com um pouco de receio de ser algo de errado, como bebidas ou drogas, coisa que ele não mexe — assim espero.

— Aonde conseguiu esse Maserati 150S? — perguntei para ele, notando o veículo que ele havia chegado.

— Ah, essa velharia? Meu coroa quem me deu, saca? — ele responde, dando um tapinha de leve no carro.

— Mas ele é muito bonito — diz Hector, admirando aquele carrão.

— Por que "velharia"? — indaguei. — Não gosta do carro?

— Não, é que eu queria um carro melhor. — responde ele, nos forçando a mudar de assunto. — Que horas vamos iniciar a festa? Estou afim de encher a cara.

O encaro, confuso.

— Mas você não vai voltar dirigindo?

— E daí? — ele dá de ombros.

— Se você vai voltar para casa, não pode beber — digo a ele, que me dá um tapinha no ombro, me pedindo para relaxar.

Ele nos pede para voltarmos aos nossos automóveis, avisando que iria nos guiar até o local marcado, onde alguns amigos iriam nos encontrar.

Assim o fizemos. Seguimos ele até uma parte da praia onde não havia movimentação de pessoas no local, apenas algumas pessoas passeando por ali, casais que gostam de sair de casa para refrescar um pouco, sentindo as gotículas de água que o vento traz do mar.

Corrida Pelo SonhoWhere stories live. Discover now