Demon

How many years in prison would I get if I kill her?

Normani. 

– O q-que v-você está fazendo aqui? – Meu coração estava disparado e estava ficando difícil de respirar.

– Pra quê tanto medo, amor? – Ela disse, inclinando-se sobre a moldura da porta. – Eu não mordo. – Seus olhos escuros escanearam meu corpo da cabeça aos pés. – A menos que você queira. 

Eu dei um passo para trás, pronta para fechar a porta. Eu não gostava de olhar em seus olhos.

– Antes de fechar a porta na minha cara. – Normani disse, colocando a mão na porta. – Eu disse que viria para estudar, lembra?

Merda.

Eu quase me esqueci dela.

– Você esqueceu, não foi? – Ela riu.

– N-não. – Eu disse. Limpei a garganta antes de falar e continuei. – Claro que não. Eu estava apenas, dando um tempo. Me dê apenas... Me dê um segundo. – Eu disse, levantando o dedo. 

Eu dei meia volta e peguei meu caderno em cima da cama. Eu entreguei a ela e ela me deu um olhar de “que-merda-é-essa”.

– Esse é o meu caderno. Eu escrevi tudo o que você precisa saber sobre o que estamos estudando. Eu também acrescentei material extra. Você só precisa lê-lo.

Ela virou o caderno ao redor, examinando-o.

– Eu pensei que você ia me ensinar.

– Eu estou fazendo isso. Tudo o que você precisa saber está no caderno.

– Se bem me lembro, o Mr. Aguilera disse para estudar comigo. Não para me entregar suas notas. – Ela levantou uma sobrancelha para mim. – Além do mais... Eu gosto mais da coisa de “professora e aluna”. Estou muito interessada em te imaginar como minha professora.

– Ele me disse para eu ajudá-la. – Eu a corrigi.

– Bem, eu preciso da sua ajuda com as notas. – Ela disse, sorrindo.

Oh meu Deus. Isso não pode estar acontecendo.

– Então... – Normani começou a dizer. – Você vai me deixar entrar ou?

Deixá-la entrar? Claro que não. Eu não vou ficar sozinha com ela.

– Não! – Eu gritei. Normani levantou a cabeça e estreitou os olhos. – Quero dizer... Não, a biblioteca é melhor para estudar. – E há um monte de gente também portanto, não estaremos sozinhas, eu pensei. – Vamos lá.

– Tanto faz. – Ela deu de ombros.

O caminho para a biblioteca estava um completo silêncio. Eu podia sentir os olhos de Normani na parte de trás do meu pescoço e que não estava ajudando a fazer a tensão ir embora. Por que eu não consegui dizer não para o Mr. Aguilera? Merda. Eu preciso aprender a dizer “não”.

– Amor... – Normani pegou minha mão, me fazendo parar de andar. Um calafrio percorreu todo o meu corpo. Eu olhei para ela com os olhos arregalados. – Acabamos de passar a biblioteca.

Eu murmurei um “oh”. Voltamos alguns metros e entramos no local. Felizmente, não estava vazio. Graças a Deus. Ele não estava cheio, no entanto. Havia alguns grupos de estudantes aqui e ali. O suficiente para me sentir segura.

Nós nos sentamos em uma mesa que estava perto de um grupo de alunos. Se Normani tentasse alguma coisa, alguém iria notar.

– Pronta para começar a estudar o mundo divertido da fotografia? – Eu perguntei, animada.