Garoto formiga x Homem formiga ( Shortfic )

Três

Vamos jogar? _

Pelle estava inquieto, o garoto tentava dormir, mas parecia que ele estava numa sauna. Seu corpo todo suava e a voz do Senhor temporal ecoava em seus sonhos. O menino não conseguia respirar como devia e sem perceber rasgava o lençol e parte do colchão.

— Pelle! Pelle! — grita a garota o sacudindo.

— Ahhh — ele grita enquanto desperta abruptamente.

— O que houve?

— Ele estava nos meus sonhos.

— Ele não tem esse poder, Pelle.

— Mas parecia muito real.

— Isso deve ter sido o seu medo transparecendo em forma de sonho.

— Pode até ser, mas não sei se consigo voltar a dormir.

— É melhor tomar um banho e um copo de leite —  diz Sue lhe entregando uma toalha.

— Obrigado — ele se levanta e pode se notar a marca de suor na cama.

— Ele não está nada bem.

— Estamos crescendo e aparentemente nossas responsabilidades estão ficando mais pesadas.

— Vocês são tão novos, não deviam está passando por tanto estresse.

— Eu sei, mas agora não temos como fugir.

Maria fica acordada algum tempo observando o amigo dormir. Ele finalmente tinha conseguido pegar no sono vencido pelo cansaço, mas a ruiva continuava preocupada. O senhor Temporal parecia está a frente deles e isso era muito ruim para eles.

...

Franklin estava sentado no tapete usando sua camiseta do Homem Aranha enquanto brincava com seu cavalo de brinquedo. Valéria, sua irmã mais nova, brincava com algumas macinhas de modelar enquanto Maria a observava. Pelle estava muito nervoso já que o Quarteto resolveu enfrentar o Senhor temporal enquanto ele teve que ficar na torre com Maria e as duas crianças mesmo contragosto.

— Eu estou com fome — diz o loiro olhando para Pelle que estava de pé.

— Do que você gosta?

— De biscoitos — diz animado.

— Acho que também preciso de um doce, mas aonde ficam os biscoitos?

— No armário de cima.

— Vou lá buscar e já volto — diz e o garoto assenti.

Pelle segue até a cozinha e sobe em uma cadeira para alcançar a parte de cima do armário. O mesmo pega o pote de biscoitos e segue até a sala. As crianças se alegram ao verem a guloseima e logo o mais velho abre o pote e distribui os biscoitos.

— Eu estava precisando disso — diz mordendo o biscoito.

— Tem alguém se aproximando -— diz Frank.

— Como assim?

— Eu sinto a presença de alguém — diz e Valéria começa a chorar — ela sentiu que ele não é bom.

— Vocês são crianças peculiares — diz Maria pegando a pequena no colo.

— Ele está muito perto?

— Está se aproximando da gente.

— Vamos para o laboratório e de lá vamos tentar contato com a Sue .

— Esta bem , Pelle — diz a ruiva seguindo o garoto que puxava o mais novo pela mão.

Eles se trancam no laboratório e Pelle tenta entrar em contato com Sue assim como lhe explicaram antes de sair, mas não conseguiam e logo um barulho faz sua espinha gelar. Maria o olha preocupada, mas não se tinha muito o que fazer naquele momento. Uma pequena explosão acontece e em meio a fumaça que se forma uma silhueta feminina se faz presente. A presença daquela pessoa os deixa confuso, mas ao mesmo tempo atentos a qualquer envestida do invasor.