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Assim que passo pelo hall de entrada do restaurante, sinto uma espécie de aconchego

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Assim que passo pelo hall de entrada do restaurante, sinto uma espécie de aconchego. Avisto Eddie no balcão e já ando ao seu encontro.

Vou sentir falta de trabalhar aqui, com um chefe legal e amigável.

— Você está um arraso. — Ele diz, segurando minha mão e me fazendo dar uma voltinha. — Esse lugar não é o mesmo sem você, loirinha.

— E não existe chefe melhor que você. — Abraço-o. Ouço um pigarro atrás de mim e reviro os olhos. Por um segundo eu esqueci do idiota atrás de mim.

— Oh. — Eddie me solta e encara meu novo chefe, ele está sem graça. — Desculpe-me.

— Eddie, esse é Theodore Grader, meu atual chefe. Senhor Grader, esse é Eddie, ex-chefe e amigo. — Sorrio para o moreno, mas fico séria assim que sinto mãos grandes na base da minha coluna. Ele vai perder essa mão...

— É um prazer vê-lo novamente. — Theodore estende a mão livre para Eddie, que aperta com confiança. Tiro as mãos grandes de Theodore do meu corpo dando um tapa nela, mas isso não parece abalá-lo em nada.

Mas é um babaca mesmo.

— O prazer é meu. — Eddie faz um sinal para que nós o acompanhemos. — Vou levá-los até a mesa.

Ia pedir para que eu mesma fosse com Theodore, já que sei qual é cada mesa e cadeira desse lugar, mas deixei que Eddie tentasse agradar a Theodore com seu trabalho. Conheço meu ex-chefe e sei quando ele está tentando impressionar.

Quando fiz a reserva, pedi para que fosse a mesa mais próxima da parede de vidro.

Sempre sonhei em me sentar nessa mesa, tomar um vinho e apreciar Seattle enquanto aproveito do melhor da culinária italiana. Só não imaginava que isso se realizaria tão cedo, infelizmente, nos meus sonhos, eu estou sozinha na mesa e não com meu chefe arrogante e estúpido.

Theodore pede o melhor vinho do cardápio, deixando por minha conta a parte da comida.

Escolhi Carbonara, provei uma vez só, me apaixonei.

É um dos pratos mais caros daqui por não se tratar de uma Carbonara comum, mas como "quem convida dá banquete", vou aproveitar.

— Da última vez que estive aqui, fiquei me perguntando como você não havia sido demitida ainda. — Olho com tédio para Theodore, que me encara sério.

— Acontece que em todos esses anos em que trabalhei aqui, nunca havia servido alguém tão presunçoso e sem educação. — Abro um sorriso inocente. Theodore continua sem esboçar nenhum sentimento.

— Sem educação? — Um sorriso irônico brota em seu rosto. — Acha que é mais educada que eu? Senhorita Paris?

— Não confunda classe com educação, senhor Grader, posso não ter sua classe, mas com certeza sou bem mais agradável. — Pego a taça e a levo aos lábios. Theodore não diz nada, apenas observa meus movimentos.

The CEO's - Talvez Seja VocêWhere stories live. Discover now