Passado

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Morgen - Capítulo 17. 

Passado.

"Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, pra escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito". ,

-Machado de Assis.

Levantei-me de minha cama, meu episódio já esquecido em minha cama, eu iria vê-lo, por estar carente dele, e claro por curiosidade do que seria esse papo, e eu tinha certeza de que era algo bem sério... E talvez, algo de que fosse me arrepender. 

XXX

Eu sabia que havia algo errado com Kagome, hora ela era ela mesma, mas de uma hora para outra era como se outra pessoa estivesse ali comigo, na última semana, havia fugido do controle, era eu abrir a boca e ela surtava, porém depois da intervenção de Takeo, e depois de saber o motivo, ela parecia ser ela de novo, a mulher que havia roubado meu coração. 

O último aluno saiu da sala, deixando claro o encerramento de minhas funções como professor. Kagome não havia me mandado mensagem e eu sabia que ela não o faria, contudo eu havia me decidido, estava na hora afinal ela era minha e eu queria ser dela, por inteiro. Segui para a minha casa, e de lá eu mandaria mensagem para ela, e de quebra aproveitaria da presença dela da melhor forma possível. 

Sentei-me no sofá de casa, apoiei-me no encosto do sofá, minhas lembranças invadindo sem permissão a minha mente, ainda não era a hora... Fechei meus olhos e algumas lembranças inundaram-na. 

"Você irá deixar que morram? 

Você vai demorar para voltar?

Ensina-me a fazer quando voltar?"

Eu abri os olhos, eu não gostava de trazer aquilo à tona, porque a culpa ainda me consumia. E mesmo que já tivesse passado tanto tempo, eu não havia colocado nada para fora, porque nunca comentava sobre... Com ninguém... Aquilo seria complicado, contudo precisava ser feito. Peguei o aparelho de meu bolso, escrevendo uma mensagem para ela. 

"Venha me ver hoje, preciso conversar com você" eu enviei a mensagem e eu esperava que ela viesse, porque se não fosse hoje, não sei quando teria coragem novamente, e eu sabia que Kagome estava ficando frustrada em esperar. O aparelho vibrou em minha mão, e eu li sua resposta "Aconteceu alguma coisa?" claro que ela se preocuparia, mas eu não queria contar ainda o que era esse assunto. "Não - e eu queria que ela ficasse depois, porque eu sempre ficava mal com isso, lembrá-los - Avise sua mãe que você dormirá fora..." apareceu que ela estava digitando então apenas aguardei sua resposta "Tudo bem, daqui a pouco estou aí, e eu levarei a comida, eu insisto

Sabia que não adiantaria discutir com ela, e talvez ela quisesse se redimir pelos últimos dias, não que ela tivesse alguma culpa do que aconteceu, foi apenas uma fatalidade. Aproveitei esse tempo para tomar um banho e colocar uma roupa confortável, não pretendia sair novamente e não deixaria Kagome sair, por isso, vesti uma calça moletom e uma camiseta, voltando para o sofá. Eu já me sentia um pouco angustiado, eu odiava me sentir fraco, e essas lembranças faziam exatamente isso... Esse Sesshoumaru odiava perceber o quanto o amor havia o mudado e odiava a falta que sentia deles. 

A porta se abriu timidamente, eu estava sentado novamente com a cabeça apoiada no encosto do sofá, olhando para o teto. Kagome passou por ela e a fechou, uma vez que ela tinha a chave e a senha do elevador, ela colocou a caixa com a pizza em cima da ilha e largou a bolsa com o casaco ali também, seguindo em minha direção um pouco cautelosa. Eu sabia o que ela estava vendo, e eu odiava aquilo, parecer fraco. 

MorgenWhere stories live. Discover now